sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Remo espera pelo TRT

No AMAZÔNIA:

O departamento jurídico do Remo, segundo o advogado André Meira, continua aguardando a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre o recurso que tenta anular a venda da sede campestre do clube à construtora Leal Júnior, que arrematou o imóvel em leilão realizado para pagamento de dívida trabalhista com o ex-atacante remista Júnior Amorim.
É a segunda vez que o advogado do Leão tenta evitar que o clube fique sem um de seus principais patrimônios. Na primeira tentativa, o recurso foi indeferido pela juíza Maria Zuila Lima Dutra, da 5ª vara da Justiça do Trabalho.
A alegação remista é de que a sede foi levada a leilão sem que existisse, na época, a averbação da penhora do terreno nos autos do processo. Segundo Meira, não existe previsão de quando o TRT apreciará e dará seu parecer sobre o recurso. 'Isso é uma coisa que depende muito do volume de processos que existe no Tribunal', explicou. 'Só nos resta aguardar pelo julgamento, esperando que ele seja favorável ao Remo', completou.
Caso tenha seu pedido negado, o departamento jurídico do Leão prometer apelar a instâncias superiores. 'Se não tivermos sucesso neste recurso, vamos apelar a Brasília (DF)', prometeu Meira. 'Vamos até o fim para evitar que o Remo perca a sede. Só vamos desistir dessa briga se o clube decidir não recorrer mais', avisou o advogado.
O presidente Raimundo Ribeiro, no entanto, já afirmou que só retira o recurso do TRT caso a empressa arrematante do imóvel concorde em aumentar o valor da compra. 'Se a construtora concordar em pagar até R$ 5 milhões, que achamos um valor justo, a gente deixa de lado essa questão jurídica e negocia a venda', prometeu.
Ribeiro assegurou, no retorno da viagem que fez a São Paulo e Brasília, que existe uma outra empresa do ramo da construção civil interessada na compra da sede. 'O problema é que essa empresa só concorda em discutir a compra se não houver nada na Justiça que possa lhe trazer problemas no futuro', explicou.
Segundo Raimundo Ribeiro, a venda do patrimônio seria a única saída para o Remo resolver pelo menos parte dos muitos problemas financeiros que tem. 'Sem a venda de um dos imóveis do clube fica muito complicado, quase impossível, se fazer alguma coisa, já que não existe uma boa fonte de renda, ainda mais agora com a saída do time da Série C do Brasileiro', observou o cartola.
Ribeiro chegou a cogitar a venda da sede social remista, mas acabou sendo impedido pelo Conselho Deliberativo do clube.

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