quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Para Dilma, país é o Sítio do Picapau Amarelo

Na FOLHA DE S.PAULO:

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, comparou o Brasil ao Sítio do Picapau Amarelo. A afirmação, feita na solenidade da primeira extração de óleo no pré-sal, foi uma referência à confiança que o escritor Monteiro Lobato (1882-1948), criador do sítio, tinha na existência de petróleo no país.
"Acho que nós voltamos ao Sítio do Picapau Amarelo. Aquele sítio era o Brasil. Sem dúvida nenhuma, a Petrobras achou petróleo atrás do galinheiro do Sítio do Picapau Amarelo", disse a ministra, referindo-se a uma cena do livro "O Poço do Visconde" em que jorra petróleo atrás do galinheiro.
No seu discurso, a ministra citou uma fala de Dona Benta para outra personagem do sítio, Emília, a boneca de pano: "Emília, me belisca, me belisca. Isto é um sonho. Este Sítio do Picapau Amarelo é um sonho".
Consagrado autor de livros infanto-juvenis, Lobato foi um dos incentivadores da exploração de petróleo no Brasil. Ele argumentava que não haveria como um país tão grande não ter jazidas petrolíferas.
"Queria me dirigir especialmente a um brasileiro que, ao longo da nossa história, iniciou essa luta do "petróleo é nosso", que foi o Monteiro Lobato", disse a ministra, que criticou os "pessimistas de plantão, que sempre puxam para baixo as possibilidades deste país".
Dilma repetiu que, com o dinheiro da extração de óleo do pré-sal, o governo promoverá mais inclusão social, pois haverá mais renda, empresas e empregos. Destacou, mais uma vez, que a melhoria da educação será prioritária.
"Aprofundar, investir na educação, dar novamente um status para os professores deste país, fazer com que eles sejam reconhecidos", disse.
Em seu discurso, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, preferiu, antes de abordar o pré-sal e elogiar a Petrobras, fazer uma explanação sobre a história brasileira, citando os grandes navegadores, o escrivão Pero Vaz de Caminha (da esquadra de Pedro Álvares Cabral) e a vinda da família real portuguesa, posta em fuga de Lisboa por Napoleão Bonaparte.

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