segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Papão diz adeus ao sonho da série B

No AMAZÔNIA:

Depois da desclassificação do Remo, ainda na segunda fase, o Paysandu era a última esperança da capital paraense ter um representante no octogonal final do Campeonato Brasileiro da Série C. Mas, mal escalado pelo técnico Dário Lourenço, que insistiu com os inoperantes Rico e Fábio Oliveira, o Papão, que precisava de um empate para seguir adiante, acabou derrotado pelo Rio Branco-AC por 2 a 1, ontem, na Arena da Floresta, dando adeus à competição. A segunda vaga do Grupo 25 ficou com o Águia, que empatou com o Luverdense-MT (1 a 1), em Marabá.
A torcida bicolor lamentou e muito os erros do primeiro tempo, quando o time saiu perdendo por 2 a 0, mas pelo menos viu o Paysandu lutar bravamente até o final do jogo. E por muito pouco, no último minuto, o time não garantiu a classificação. Para infelicidade do visitantes, no entanto, a cabeçada de Samuel Lopes acertou a trave direita do goleiro Ronaldo, que ainda viu o colega Everton, num ato de desespero, chutar em cima da zaga acreana antes do árbitro apitar o fim do jogo e decretar a eliminação alviceleste.
Desde o início, até por precisar vencer por causa da expectativa de vitória do Águia sobre o já eliminado Luverdense, o Paysandu foi para o ataque. A primeira boa chance foi um chute de fora da área de Paulo de Tárcio. O Rio Branco, que entrou precisando de apenas um empate, tinha em Testinha o elo entre o meio-campo e ataque. O meio-campista fez algumas boas tabelas e arriscou chutes ao gol defendido por Everton.
Mas era pelas laterais, com Cheferson e Ivan, que o Rio Branco fazia as suas estocadas mais ofensivas. Na base da pressão, Ivan entrou na área e chutou. Na seqüência Beto falhou e ninguém apareceu para fazer o gol. O lance era um prenúncio do iria acontecer mais à frente, pois o time bicolor já se limitava a poucas escapadas como a de Balão, aos 10, que acabou em escanteio.
Não demorou muito e o Rio Branco abriu o placar, aos 12. Ivan cobrou escanteio e Rodrigo, livre de marcação, desviou a bola, que entrou no canto esquerdo de Everton: 1 a 0. Nem mesmo o gol serviu de estímulo para uma reação ofensiva do Paysandu que ainda levou o segundo gol em um contra-ataque iniciado e finalizado pelo volante Zé Marco: 2 a 0.
Trave - Veio o segundo tempo e, como precisava empatar a partida, o técnico Dário Lourenço mexeu no time tirando os apagados Rico e Fábio Oliveira e colocando o lateral Jucemar, liberando Boiadeiro para o meio, e o atacante Samuel Lopes. Com esta configuração e, após quase sofrer o terceiro gol aos nove minutos - Everton fez milagre ao defender chutes de Juliano César e Testinha no mesmo lance -, o Paysandu cresceu de produção e passou a criar boas chances de diminuir a vantagem adversária.
A reação veio tarde, mas quase foi suficiente para manter vivo o sonho da Série B. Aos 45, aproveitando bobeada do zagueiro Rodrigão, Samuel Lopes roubou a bola, invadiu a área e acertou o canto esquerdo de Ronaldo. À essa altura, o jogo em Marabá já havia terminado. E com o empate entre Águia e Luverdense, bastava o Papão marcar o segundo gol para garantir a vaga no octogonal.
Quis o destino, no entanto, que o último lance do jogo fosse o mais dramático. Aos 47, Aldivan levantou bola na área e Samuel Lopes, na dividida com Ronaldo, acertou a trave direita. No rebote, o goleiro Everton chutou em cima da zaga acreana e perdeu a chance de se tornar o herói da classificação. Mas o Paysandu, mais uma vez, ficou no quase.

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