Na VEJA:
A notícia do ataque japonês à base naval americana de Pearl Harbor, no dia 7 de dezembro de 1941, encheu de alegria o líder inglês Winston Churchill, que combatia quase sozinho a máquina de guerra nazista na II Guerra Mundial: "Naquela noite, dormi o sono dos salvos e agradecidos". Churchill sabia que a traição japonesa arrastaria os Estados Unidos para a guerra, tornando a derrota alemã inevitável. Depois da crise de Wall Street, que não sem razão foi comparada a Pearl Harbor, o mundo sonha em ir dormir com a mesma certeza de que do evento cataclismático no centro financeiro do capitalismo brotará uma vitória contra as bolhas especulativas que de tempos em tempos fazem terra arrasada da economia. Por enquanto, isso é apenas um sonho. A crise ainda está em sua fase de pesadelo. A semana acabou sem que o Congresso americano se colocasse de acordo com os termos do bilionário plano de salvação orquestrado pelas autoridades monetárias dos Estados Unidos, Henry Paulson, secretário do Tesouro, e Ben Bernanke, presidente do Fed, o banco central. Não houve acordo pelas dúvidas quanto à adequação, à eficácia do plano e, claro, pelo gigantismo do pacote – 700 bilhões de dólares, ou 2?300 dólares para cada homem, mulher e criança dos Estados Unidos.
Nenhuma ação anterior de salvamento das finanças americanas e mundiais teve tamanha envergadura. O valor supera em 200 bilhões de dólares a soma de todos os empréstimos já feitos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) desde sua criação, em 1944. Em torno do pacote multiplicavam-se na sexta-feira passada dúvidas de toda natureza. Indagava-se sobre o impacto de tal gasto no já gigante déficit fiscal americano de 500 bilhões de dólares. Questionava-se se, deixada à sorte da livre iniciativa, a economia não caminharia naturalmente para uma solução de mercado. Exigiam-se punições e que fossem identificados todos os culpados pela debacle. Enquanto isso, o terremoto financeiro vitimava mais um banco. O Washington Mutual, a sexta maior instituição financeira dos Estados Unidos, foi fechado pelo governo, na maior falência de um banco na história. Depois de perder 16,7 bilhões de dólares em retiradas feitas por clientes em pânico, o WaMu, como é conhecido, foi vendido ao JPMorgan Chase por 1,9 bilhão de dólares. O JPMorgan tornou-se o maior banco americano.
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Meu irmão economista e com alto senso de humor, mandou um e-mail explicando a crise atual dos banqueiros da matriz.
ResponderExcluirVou repassá-lo a você.
Abraços
Mande mesmo.
ResponderExcluirSem falta.
Abs.