quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Greve ameaça parar hoje as gráficas de Belém

No AMAZÔNIA:

Os cerca de 300 gráficos que atuam em Belém decidiram cruzar os braços a partir de hoje. A paralisação foi decidida em assembléia geral na noite de ontem e poderá atingir a campanha eleitoral de muitos candidatos. A avaliação da categoria é de que os 120 profissionais que decidiram pela greve, principalmente os das grandes gráficas, participem de piquetes hoje pela manhã para impedir que profissionais desempregados entrem para trabalhar em seus lugares. Eles acreditam que com a mobilização 60% das gráficas não vão funcionar hoje.
Segundo o Sindicato dos Gráficos do Pará, as cerca de 60 gráficas de Belém estão quase todas abarrotadas de encomendas de impressos como santinhos, folderes, banneres e cartazes para a reta final da disputa. Segundo Martinho Souza, da direção sindical, a decisão da greve aconteceu porque o sindicato patronal interrompeu as negociações. A greve não atinge os jornais que já negociaram o reajuste salarial em acordo coletivo.
Os gráficos pedem 7,28% de reposição das perdas. O piso salarial deles hoje comtempla três faixas. Na faixa A o salário base é de R$ 1.325,27, na B R$ 1.124,77, e na C o piso é R$ 817,92, mais R$ 83 de insalubridade para as três faixas. Os gráficos querem também aumento na reposição das perdas, com ganho real de 8%, mais a incorporaçao no piso A de três nomenclaturas novas para as atividades do gráfico no mercado, que são as funções de impressor calcográfico, profissional que está ligado à impressão de produtos de segurança como a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e os cartões de crédito; o impressor digital, que atua em gráficas de impressão super-rápidas; e o operador de processo de tratamento de imagem.
As outras reinvindicações são o piso para o impressor de máquinas com mais de um corpo (máquinas de impressão bicolores e em quatro cores); a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais; e o aumento da insalubridade, baseada no piso das faixas da categoria, o que provocou o impasse nas negociações e a greve. A direção do Sindicato das Gráficas não foi localizada para falar sobre a greve.

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