terça-feira, 2 de setembro de 2008

Até fim da tarde, resultado era apenas de armas apreendidas

No AMAZÔNIA:

Seis armas haviam sido apreendidas até o final da tarde de ontem, durante a operação 'Força pela Paz', desencadeada ontem em Belém. O reforço policial de quase 400 homens - em revezamento por turnos - se concentra nos bairros da Terra Firme, Guamá e Canudos. A idéia do coronel Luiz Dário, comandante da operação, é espalhar as ações pelos bairros vizinhos até cobrir a cidade inteira.
Por enquanto, o coronel Dário não tem previsão de quando a operação irá terminar. O investimento inicial para mobilizar o apoio do Comando de Missões Especiais (CME) e para pagar policiais para trabalharem em dia de folga foi de aproximadamente R$ 1,3 milhão. Ele diz que o reforço do policiamento numa área não enfraquecesse outras. 'O que ocorre é, na verdade, exatamente o contrário, pois as guarnições que costumam ficar nas áreas ocupadas têm sido deslocadas para as redondezas por enquanto, para ajudar por lá', explica.
Os resultados parciais da operação têm deixado o coronel satisfeito. A decisão sobre os rumos da ocupação dos bairros será tomada apenas depois de reuniões regulares de avaliação ao final dos dias, com os comandantes de cada unidade. Mesmo após encontros, a polícia continua nas ruas madrugada adentro, sem intervalos. Há troca de turno e, os que pegam serviço continuam o trabalho de revista contínua, para tentar reduzir a criminalidade nos bairros. O núcleo da operação é na praça Olavo Bilac, no bairro da Terra Firme.
Por um lado, a população do bairro parece momentaneamente satisfeita com a concentração incomum de policiais na área, mas, por outro, há o temor de que a situação se normalize dentro de algumas semanas e a Terra Firme volte a ficar nas mãos da bandidagem. 'Por enquanto, temos nos sentido bem mais seguros. Mas será que vai ser sempre assim? Agora isso tudo aparece na televisão, mas e depois que eles forem embora?', questiona um comerciante que, por já ter sido vítima de três assaltos apenas este ano. Ele preferiu não se identificar.

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