sábado, 30 de agosto de 2008

Morre vítima da calha

No AMAZÔNIA:

Vítima da queda de uma calha no Pronto Socorro Municipal (PSM) da 14 de Março, no domingo passado, o aposentado Argemiro da Silva Melo, 68 anos, faleceu na noite da última quinta-feira, após sofrer uma parada cardíaca, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Beneficente Portuguesa, para onde tinha sido transferido a pedido da família. O laudo que vai apontar a real causa da morte só deve ser liberado em 15 dias, pelo Instituto Médico Legal (IML) do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, onde o corpo foi necropsiado, ontem de manhã. Os familiares do aposentado, no entanto, acreditam que o acidente no PSM agravou o estado de saúde de Argemiro. 'A gente ainda não tem como provar, mas tenho certeza que esse acidente antecipou a morte do meu pai. Ele tinha problemas de saúde, mas se não fosse isso ainda viveria vários anos', garantiu Oswaldo Melo, filho da vítima.
A família de Argemiro faz várias acusações contra a direção do PSM. Entre elas, a de que o hospital teria tentando esconder o verdadeiro estado de saúde do aposentado. De acordo com uma das filhas, Maria de Nazaré Melo, a direção do pronto-socorro chegou a proibir que os familiares chegassem perto do paciente. 'Foi preciso brigar e ameaçar chamar a imprensa para que deixassem a gente entrar na UTI', contou Oswaldo. Segundo o relato dos filhos, Argemiro não recebeu o tratamento adequado após o acidente. Eles afirmam que em nenhum momento foram feitos exames para constatar fraturas ou lesões internas. 'Medicaram e colocaram na UTI. Esse foi o único tratamento que meu pai recebeu no Pronto-Socorro', garantiu o filho.
A família de Argemiro também acusa a direção do PSM e a Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente (Sesma) de ter mentido à imprensa sobre o estado de saúde do paciente. Na segunda-feira, 25, o diretor do PSM, José Magalhães, e a secretária de Saúde, Rejane Jatene, asseguraram que o quadro do aposentado era estável e que ele estava sendo mantido na UTI apenas por precaução. 'No entanto, meu pai reclamava de muitas dores. Chegou a vomitar e urinar sangue enquanto esteve no pronto-socorro, foi por isso decidimos tirar ele de lá', contou uma outra filha, Kátia Melo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário