quarta-feira, 27 de agosto de 2008

“Estamos com medo”, afirma professor durante protesto

No AMAZÔNIA:

Professores e alunos da Escola Estadual Augusto Meira fizeram um protesto, ontem, para pedir mais segurança nas imediações da escola. A manifestação ocorreu um dia após a morte do estudante José Admilson Costa Reis, de 19 anos, baleado após reagir um assalto.
No início da manhã, os estudantes fecharam o trânsito da avenida José Bonifácio por vinte minutos, colocando carteiras escolares no meio da pista. Em seguida, caminharam em direção à Seccional de São Brás levando faixas e cartazes de protesto pela morte do colega, contra a violência que tem imposto uma rotina de medo a alunos e professores.
As aulas na escola Augusto Meira foram suspensas e só devem voltar ao normal amanhã. 'Tanto os alunos quanto os professores estão indignados com violência' diz a diretora da escola, Aldalina Ferreira. Os assaltos, freqüentes mesmo durante o dia, obrigam todos a mudar de rotina. Andar em grupos e evitar levar para a sala de aula objetos de valor que possam despertar o interesse dos assaltantes.
A diretora adiantou que um abaixo-assinado com os nomes de alunos, pais, professores e funcionários da Augusto Meira será apresentado à Seduc. Um pedido de reforço no policiamento do perímetro da escola, pelo menos nos horários de entrada e saída de alunos, considerados mais críticos.
Indignados, alguns professores se reuniram com os estudantes para a criação de um manifesto contra a violência. 'Os alunos estão com medo. Nós estamos com medo', comenta o professor Jacenilson Mota. Os casos de assalto a alunos e professores são bastante freqüentes no Augusto Meira, principalmente nos turnos da noite, na saída dos alunos, diz o professor.
Antônio Gualberto, professor de História, diz que não é o aumento do policiamento que pode acabar com os casos de assalto.'Não dá para tratar a violência apenas como um caso de polícia. O problema é maior do que isso, é questão social'.

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