quarta-feira, 2 de julho de 2008

A comovente comoção dos coleguinhas

Foi tocante, comovente, foi digno de levar às lágrimas o ouvinte mais empedernido – aquele que um coração de pedra, em resumo - a compaixão demonstrada por certos coleguinhas – felizmente, bem poucos - com o presidente do Remo, Raimundo Ribeiro.
Acharam que o cartola, em recente entrevista a uma emissora de rádio, expôs seu “lado humano” ao dizer-se injustiçado por ser alvo das hostilidades de torcedores que há muito, muito tempo pedem, suplicam, rogam, imploram por sua saída do Remo.
Pois sim.
Então, assim como os coleguinhas – pouquíssimos, em quantidade semelhante à da torcida do Íbis, o pior time do sistema intergaláctico – têm pena do presidente do Remo, por ter exposto seu “lado humano”, será que não dava para considerar o “lado humano” dos torcedores do Remo?
Não dá para considerar a irritação dos torcedores com a péssima gestão da atual diretoria do Remo? Não dá para considerar que os torcedores do Remo é que têm razão, inteira razão quando pedem a saída do presidente do clube?
Ribeiro fora do Remo seria bom para todos.
Seria bom para Ribeiro, que ficaria livre de hostilidades; seria bom para a torcida, que ficaria livre de Ribeiro, e seria melhor ainda para os coleguinhas comovidos, que assim não teriam mais que se comover com cartolas que já deveriam ter renunciado.Bom para todos.

Um comentário:

  1. Anônimo2/7/08 14:12

    Seria uma ótima oportunidade para o Sr. R. Ribeiro aproveitar a exposição (sincera?) do seu "lado humano" e, em gesto de profunda humanidade para com a torcida azulina, desocupar o lugar. Ele e seus "conselheiros-bibelôs" do condelbrincadeira.
    Infelizmente ainda teremos de encarar mais sofrimentos e vexames até o final de sua gestão.
    Menos mal que o futebol azulino dentro de campo, ao contrário da diretoria, tem se superado e apresentado bons resultados.
    Quanto aos compadecidos (pouquíssimos) radialistas esportivos que deram ouvidos ao chororô do incompetente e teimoso presidente azulino,seria bom para nosso ouvidos que alguns deles não violentassem tanto a nossa lingua pátria. Uma boa e saudável lida no "Aurélio" e alguma intimidade com a concordância de pronomes e verbos livraria os ouvidos do distinto público de frequentes "agressões".
    "Menas, por favor. A gente vamo agradecer."

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