sábado, 28 de junho de 2008

Mais cinco bebês mortos na Santa Casa

No AMAZÔNIA:

Cinco corpos de recém-nascidos foram sepultados ontem pela Santa Casa de Misericórdia. Eles estavam no necrotério do hospital e, segundo as guias de sepultamento do Cemitério do Tapanã, os bebês teriam morrido na segunda-feira (23) e na terça-feira (24). Ontem pela manhã o promotor Ernestino Silva Pantoja, da Promotoria da Infância e Juventude, esteve no necrotério do hospital e constatou a situação, mas não havia informação precisa sobre as datas de falecimento, o que obrigou o promotor a notificar a Santa Casa a prestar informações detalhadas sobre as mortes de recém-nascidos ocorridas nesta semana, com data e hora. A suspeita é de que os bebês tenham morrido entre a segunda-feira (23) e a madrugada de ontem.
Segundo o promotor, havia outros 12 corpos de bebês no necrotério, mas tudo indica que as mortes não tenham relação com as que ocorreram no último final de semana. 'Os óbitos aconteceram entre os meses de abril e junho e de forma espaçada, por isso não podem ser relacionados com esse caso', informou. Ainda segundo o promotor, desses 12 corpos que estavam no necrotério ontem, sete são de abortos espontâneos, que os responsáveis não fizeram a retirada.
Os outros cinco bebês morreram nos últimos três meses. 'Pelo que foi constatado, eles ainda aguardam resultado de DNA', disse o promotor. Ainda assim o promotor garantiu que Ministério Público Estadual tomaria as medidas cabíveis. 'Nós oficiamos a direção do hospital para que nos informe se houve mortes de recém-nascidos esta semana e ainda um relatório detalhado sobre as datas dos demais óbitos que constatamos na visita ao necrotério', informou Pantoja.
No necrotério, o Promotor de Justiça também verificou denúncia de que o corpo de um bebê teria desaparecido do hospital, mas, conforme esclareu ontem a Santa Casa em nota, foi constatado que o que ocorreu foi uma falha de comunicação entre as famílias dos dois adolescentes pais do bebê, sendo que o corpo foi retirado pela avó paterna, que não teria se comunicado com avó materna, que também tentou retirar o corpo na quarta-feira.
O Ministério Público Federal também está acompanhando o caso, e prorrogou de quinta-feira (26) para ontem o prazo para que o hospital mandasse as informações dos prontuários das crianças que morreram no final de semana. O caso também está sendo acompanhado pelas comissões de saúde da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará, da Assembléia Legislativa do Pará e pelo Sindicato dos Médicos do Pará.

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