quinta-feira, 1 de maio de 2008

Tumulto na tentativa de reocupação


No AMAZÔNIA:

Camelôs retirados das calçadas da avenida Presidente Vargas há quase três meses tentaram ocupar novamente a via na manhã de ontem. Cerca de 300 homens da Guarda Municipal impediram a retomada dos espaços. Na confusão, dois representantes dos ambulantes foram presos e levados para a sede da Polícia Federal, já que a liminar de desocupação é federal. Um deles foi o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Lojista do Município de Belém (Sintclobe), Rubens Silva, e o outro, foi identificado apenas como Paulo Sérgio. A avenida permanceu fechada pelos manifestantes por cerca de duas horas.
Os ambulantes se reuniram na esquina da Presidente Vargas com a travessa Santo Antônio, e por volta das 10 horas da manhã, um deles tentou armar uma barraca, mas foi impedido por fiscais da Secretaria Municipal de Economia (Secon), com o apoio da Guarda Municipal, que usou spray de pimenta para dispersar os camelôs. Eles então recuaram para a travessa Santo Antônio, enquanto homens do Grupamento de Ações Táticas faziam um cordão de isolamento para impedir o acesso à Presidente Vargas.
Os camêlos partiram para fechar a via com paus e, em seguinda, atearam fogo. O ambulante Santigo Waldermir, de 53 anos, passou mal e ficou deitado no chão até ser socorrido por homens da Guarda. Ele contou que há mais de 40 anos vendia frutas na Presidente Vargas. Pouco depois das 11h30, uma parte da pista foi desobstruída pelos manifestantes, em troca, a Guarda deixou o carro-som passar e, ao meio-dia, a via foi totalmente liberada.
Antes de ser detido, Rubens Silva ressaltou que a decisão de voltar a ocupar a Presidente Vargas aconteceu durante uma assembléia geral realizada na noite de terça-feira (29). 'Tínhamos um bom número de pessoas lá. Hoje (ontem) acredito que não venha muita gente, porque a maioria está sem renda. Não tem dinheiro para pegar ônibus porque está sem trabalhar. Mas vamos voltar a ocupar nosso espaço aqui, de qualquer maneira', disse.
Ao microfone, os manisfestantes reclamavam o fato de a prefeitura, até agora, não ter concluído as obras dos espaços destinados aos ambulantes durante o processo de retirada da avenida Presidente Vargas.
De acordo com o titular da Secon, João Amaral, que esteve na avenida Presidente Vargas na manhã de ontem, o movimento de retomada da avenida está sendo liderado por um pequeno grupo e tem um cunho político . 'A prefeitura está dialogando com o sindicato e a associação que foram eleitos e são os representantes legais da categoria. Tudo o que foi acordado está sendo cumprido, mas é fato que houve um atraso nas obras por conta do período chuvoso e até mesmo das modificações que foram sugeridas posteriormente pelos próprios ambulantes. Sabemos que por trás desse movimento de retomada da avenida existem questões políticas', disse.

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