No AMAZÔNIA:
O que deveria ser uma passeata pelos direitos dos trabalhadores acabou em pancadaria, tiros de balas de borracha e bombas de efeito moral. Sindicatos e centrais sindicais que participavam de uma marcha pela avenida Nazaré acabaram se desentendendo no final do ato, já na dispersão feita na Presidente Vargas. Um claro sinal de que a categoria não consegue manter um discurso único.
A passeata saiu da Praça do Operário, em São Brás, com integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), entre outras centrais, sindicatos, como o dos rodoviários, construção civil, saúde e de servidores dos Tribunais de Contas dos Municípios e do Estado. Até chegar a seu destino final, as palavras de ordem eram conjuntas: diminuição da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários e o fim das demissões sem motivação, entre outros.
As divergências começaram a surgir na dispersão. Representantes de grupos opositores, um a favor e outro contra as ações governamentais, se desentenderam ainda em cima do trio elétrico. Depois de ofensas amplificadas pelos alto-falantes, iniciaram a pancadaria, que teve reflexos entre o público que se aglomerava embaixo. A confusão só foi contida após a chegada da polícia, que precisou utilizar spray de pimenta para dispersar o tumulto. Três sindicalistas foram detidos.
Enquanto seguiam pela avenida Nazaré, o grupo cruzou com outra manifestação pelo Dia do Trabalho organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará. 'Em 24 anos de força sindical eu nunca vi uma passeata tão cheia de pelegos', disse Eloy Borges, do Sintepp, criticando a ação das centrais sindicais e dando um sinal do racha entre facções.
Antes da pancadaria tomar conta da manifestação das centrais sindicais, Rai Barreto, da direção estadual da CUT, admitia que a categoria dos trabalhadores não está conseguindo se entender. Prova era a baixa adesão à passeata - cerca de 500 pessoas apenas participaram do ato, bem menor que a média de anos anteriores - e a divisão em outras ações promovidas isoladamente. 'No ano passado não fizemos ato do Dia do Trabalho e isso desmobilizou um pouco a categoria. Este ano também vemos muitos sindicatos fazendo eventos específicos, como é o caso dos Correios. O Sintepp se desfiliou da CUT, não está filiado à central nenhuma, e por isso também está fazendo seu ato sozinho', disse.
A programação organizada pelo Sintepp não se restringiu a levantar bandeiras trabalhistas. Movimentos sociais e de luta pelos direitos humanos participaram do ato, entre eles familiares de pessoas assassinadas - como a mãe do jovem Russo, parentes dos meninos mortos nas matas da Ceasa, e David Stang, irmão de Dorothy Stang.
Mais aqui.
O que deveria ser uma passeata pelos direitos dos trabalhadores acabou em pancadaria, tiros de balas de borracha e bombas de efeito moral. Sindicatos e centrais sindicais que participavam de uma marcha pela avenida Nazaré acabaram se desentendendo no final do ato, já na dispersão feita na Presidente Vargas. Um claro sinal de que a categoria não consegue manter um discurso único.
A passeata saiu da Praça do Operário, em São Brás, com integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), entre outras centrais, sindicatos, como o dos rodoviários, construção civil, saúde e de servidores dos Tribunais de Contas dos Municípios e do Estado. Até chegar a seu destino final, as palavras de ordem eram conjuntas: diminuição da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários e o fim das demissões sem motivação, entre outros.
As divergências começaram a surgir na dispersão. Representantes de grupos opositores, um a favor e outro contra as ações governamentais, se desentenderam ainda em cima do trio elétrico. Depois de ofensas amplificadas pelos alto-falantes, iniciaram a pancadaria, que teve reflexos entre o público que se aglomerava embaixo. A confusão só foi contida após a chegada da polícia, que precisou utilizar spray de pimenta para dispersar o tumulto. Três sindicalistas foram detidos.
Enquanto seguiam pela avenida Nazaré, o grupo cruzou com outra manifestação pelo Dia do Trabalho organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará. 'Em 24 anos de força sindical eu nunca vi uma passeata tão cheia de pelegos', disse Eloy Borges, do Sintepp, criticando a ação das centrais sindicais e dando um sinal do racha entre facções.
Antes da pancadaria tomar conta da manifestação das centrais sindicais, Rai Barreto, da direção estadual da CUT, admitia que a categoria dos trabalhadores não está conseguindo se entender. Prova era a baixa adesão à passeata - cerca de 500 pessoas apenas participaram do ato, bem menor que a média de anos anteriores - e a divisão em outras ações promovidas isoladamente. 'No ano passado não fizemos ato do Dia do Trabalho e isso desmobilizou um pouco a categoria. Este ano também vemos muitos sindicatos fazendo eventos específicos, como é o caso dos Correios. O Sintepp se desfiliou da CUT, não está filiado à central nenhuma, e por isso também está fazendo seu ato sozinho', disse.
A programação organizada pelo Sintepp não se restringiu a levantar bandeiras trabalhistas. Movimentos sociais e de luta pelos direitos humanos participaram do ato, entre eles familiares de pessoas assassinadas - como a mãe do jovem Russo, parentes dos meninos mortos nas matas da Ceasa, e David Stang, irmão de Dorothy Stang.
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O problema, meu caro Benerguy, é que a velha militância petista - aquela que vestia a camisa do partido "de grátis" e comprava bottons, pins, camisas etc etc, para ajudar o PT - não existe mais. Foi destruída pela política de massacre da classe média, instituída pelo Lulla, e pela enorme desilusão com o partido. Reunir 100/500 mil pessoas no Pará? Duvido que isso ainda aconteça.
ResponderExcluirBjs
Hanny