quarta-feira, 30 de abril de 2008

Inquérito do caso Isabella tem entrega adiada

Na FOLHA DE S.PAULO:

A Polícia Civil de São Paulo adiou ontem a entrega do inquérito policial sobre a morte de Isabella Nardoni, 5, e do pedido de prisão preventiva contra o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá -pai e madrasta da menina.
O motivo, segundo a Folha apurou, é a intenção de realizar hoje um megaevento para a imprensa, no qual serão apresentadas as conclusões.
Tanto o inquérito policial quanto o pedido de prisão preventiva do casal estão prontos desde a manhã de ontem e foram finalizados pela delegada Renata Helena Pontes, do 9º Distrito Policial (Carandiru). A cúpula da Polícia Civil, porém, intercedeu para que os documentos não fossem entregues no cartório do 2º Tribunal do Júri, no fórum de Santana (zona norte de São Paulo).
O motivo do adiamento da entrega dos documentos foi o receio de que o relatório final -com as conclusões dos policiais do 9º DP sobre a responsabilidade do casal na morte de Isabella e as alegações para o pedido de prisão preventiva- fosse revelado pela imprensa antes da realização da entrevista, prevista para hoje à tarde.
O promotor do caso, Francisco José Taddei Cembranelli, afirmou na tarde de ontem que conversou com Renata Pontes e que a delegada disse que ainda redigia o relatório.
Aproximadamente uma hora após a declaração do promotor, a Secretaria da Segurança Pública confirmou à Folha que os documentos sobre a morte de Isabella estavam prontos e que a delegada havia optado por fazer uma revisão do relatório final e do pedido de prisão. Oficialmente, a pasta nega que o adiamento da entrega tenha vínculo com a entrevista.
A Folha apurou que existe uma disputa interna na polícia para definir quem conduzirá a coletiva sobre o caso.
De um lado, está o delegado-geral da Polícia Civil, Maurício José Lemos Freire, que não falou nenhuma vez sobre o caso e queria que o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) investigasse a morte de Isabella. Do outro está o delegado Aldo Galiano Júnior, chefe do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), que insistiu para que o 9º DP ficasse com o caso.

Mais aqui.

4 comentários:

  1. Ontem no Jornal Nacional foi mostrado que a perícia técnica não encontrou vômito na camisa nem sangue no carro.

    Isso demonstra mais uma vez que a notícia anteriormente veiculada por eles, com base na cópia do interrogatório obtido com exclusividade por aquele jornal, estava errada e apresentada de maneira açodada.

    Vivemos em um Estado Policial, onde as pessoas são culpadas mesmo antes disso ser afirmado por um juiz.

    Se vivessemos em um País sério a revolta agora deveria se voltar contra a polícia, que usa informações que não existem para tentar obter a confissão..... Como não tem outros métodos, usam aquilo que é mais pragmático, independente da ética......

    Como visto, o clamor social não pode mais ser o vômito na camisa nem o sangue no carro....

    Abraços,
    Roberto.

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  2. Sim, Roberto.
    Essa reportagem do JN é das mais relevantes.
    Vou até postar daqui a pouco.
    Abs.

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  3. Mega-evento para divulgar o caso; luta por lugar à frente dos spots e câmeras de TV; delegados e perítos em choque.
    Sei não, brevemente tudo isso passará da capa para a segunda página e então teremos outra realidade: a nossa justiça, cheia de buracos e meandros por onde vão passear os advogados de defesa, de recurso em recurso, protelando até o esquecimento da opinião pública e da mídia.
    Não será surpresa se a dona "Impunidade" aparecer lépida e faceira para apagar as luzes desse horror-show.
    Consolemo-nos com a certeza de que os culpados, sejam quem sejam, não terão paz na consciência nunca mais.
    Pobre Izabella, mais uma vítima desse Brasil desigual e injusto, descance em paz pertinho de Deus.

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  4. Anônimo,
    Você disse bem: é um horror-show.
    O blog vai postar seu comentário na ribalta hoje à tarde.
    Abs.

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