Até agora, nem setores bem informados do Palácio dos Despachos têm idéia de quando a governadora Ana Júlia Carepa vai assinar o ato nomeando a professora Marília Brasil como pro tempore da Uepa.
No momento, a governadora está em Marabá, mas à tarde deverá estar em Belém. É possível que só então se tenha uma previsão sobre quando a professora Marília será nomeada. Uma coisa é certa: a nomeação não pode passar desta sexta-feira, 4 de abril, data em que o atual reitor, Fernando Palácios, terá de deixar o cargo.
Enquanto a nomeação da pro tempore não se consuma legalmente, os ânimos se acirram na Uepa. Declarações que O LIBERAL reproduz em sua edição de hoje, atribuídas ao professor Sílvio Gusmão, primeiro colocado na eleição para reitor, indicam isso claramente.
Gusmão não mede palavras para dizer que é ilegal a solução cogitada pela governadora e afirma que seu grupo vai reagir contra o que considera medida que afeta a autonomia da instituição. Gusmão e seu grupo, agora intitulado “Movimento Ronaldo Vive”, sustentam que o Conselho Universitário da Instituição (Consun) é que, em caso de vacância dos cargos de reitor e vice-reitor, detém a prerrogativa de indicar dentre os seus pares os nomes para serem nomeados pela governadora.
De outro lado, o grupo que apóia a solução do pro tempore, autodenominado “Movimento Autonomia, Ética e Transparência na Uepa”, argumenta que a indicação pelo próprio Poder Executivo de uma gestão provisória é legal e “não fere de modo algum a autonomia universitária e a representatividade do Conselho Superior Universitário.”
O Regimento da UEPA é omisso no caso em questão que se trata de término de cargo e impedimento judicial de indicação do reitor na lista tríplice. Sendo assim cabe a Governadora indicar o reitor temporário. O conselho Universitário não pode legislar em causa própria e indicar um nome do próprio conselho, será que só os "iluminados" do consun tem competência para dirigir a universidade temporariamente? Além disso este conselho tem sido alvo de inúmeras manipulações. Uma eleição dentro conselho só iria criar uma outra disputa pólítica por cargos de grupos se degladiando. A comunidade não aguenta mais isto.
ResponderExcluirAnônimo,
ResponderExcluirVocê tem razão: o Regimento é omisso. Quanto a quem serve essa omissão, isso são outros quinhentos.
O blog vai abordar esse assunto em detalhes nesta quarta-feria.
Abs.