quinta-feira, 27 de março de 2008

Vídeo na rede desafia decisão do TRE-AM

Na FOLHA DE S.PAULO:

Depois que o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas alegou falta de provas para arquivar ação que acusava três políticos do PMDB de compra de votos, o Ministério Público Eleitoral colocou ontem em seu site (www.pram.mpf.gov.br) link para um vídeo em que dois dos suspeitos parecem pedir votos em troca de tratamento dentário na clínica Fundação Prodente, em Manaus.
O vídeo, gravado durante a campanha de 2006 e periciado pela Polícia Federal, foi a principal prova da denúncia formalizada pelo Ministério Público.
A ação apontava abuso de poder econômico e político e pedia a inelegibilidade do deputado estadual Nelson Azêdo e dos vereadores Nelson Amazonas (filho do deputado) e Ari Moutinho da Costa Filho (filho do corregedor do TRE, desembargador Ari Moutinho).
Na segunda-feira, no julgamento, o TRE disse que o CD com o vídeo não constava dos autos do processo, que foi arquivado por falta de provas.
O Ministério Público afirma que o CD sumiu do processo e pediu investigação da polícia. Também anunciou que vai recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"A decisão foi injusta", afirmou o procurador eleitoral Edmilson Barreiros. "Não enxergou provas cabais e deu valia a um ato criminoso", disse.
No vídeo, os suspeitos citam o governador Eduardo Braga e o senador Gilberto Mestrinho, ambos do PMDB e então candidatos à reeleição -Mestrinho foi derrotado. No julgamento do TRE, todos os acusados foram absolvidos por 3 votos a 2.
Por meio da assessoria, o TRE disse que não houve sumiço do CD, e sim que o Ministério Público não juntou aos autos essa gravação.
Nelson Azêdo e Nelson Amazonas não foram localizados. Ari Moutinho Filho confirmou que esteve na clínica, mas disse que foi para uma reunião.

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