segunda-feira, 31 de março de 2008

Dados de cartões complicam ministros de Lula e FHC

Em O ESTADO DE S.PAULO:

O Palácio do Planalto começa a enviar nesta semana os primeiros lotes da “carreta” de papéis pedidos pela CPI dos Cartões Corporativos. Em entrevista ao Estado, Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressalta que o envio de documentos de ministros atuais ou do governo passado para o Congresso não é uma “conspiração” ou “estratégia” do Planalto contra a oposição, mas uma determinação da CPI. Diz que eventuais atingidos pelos documentos devem arcar com suas “responsabilidades”. “É muito provável que apareça coisa errada. O instrumento é falho e isto é do ser humano”, avisa ele.
Confira toda a trajetória da crise
“Não é tão extraordinário que erros administrativos sejam agora identificados.” Carvalho defende serenidade nas investigações. Ele relata que no governo há um esforço para atender aos pedidos da CPI e responder, com respeito, as acusações da oposição. O assessor do Planalto avalia que a análise dos dados deve ser feita com seriedade, sem animosidade de qualquer lado, para não prejudicar o País. “Assim como aconteceu com o Orlando (Silva, dos Esportes) e a Matilde (Ribeiro, da Igualdade Racial), é possível que haja problemas com ministros atuais e passados”, diz.
A existência de um dossiê sobre os gastos no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi divulgada pela revista Veja, no último dia 22 . No final da semana passada, o quadro agravou-se com a notícia de que os detalhes das despesas de FHC e da ex-primeira dama Ruth Cardoso partiram de dentro da Casa Civil, numa decisão de governo. A secretária-executiva e braço direito da ministra Dilma Rousseff, Erenice Guerra, é suspeita de articular a produção dos papéis .

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