quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Deputado cobra mecanismos de compensação da Vale

O deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS) propôs na Assembléia Legislativa uma sessão especial para debater sobre os investimentos da Vale no Pará e suas projeções futuras.
Informações divulgadas nesta semana pela revista Veja convenceram o parlamentar de que é preciso discutir mecanismos de compensação e equilíbrio entre os lucros obtidos pela empresa em território paraense e o financiamento de ações que reduzam as desigualdades sociais e regionais no Estado do Pará.
A revista, ressaltou Jordy, mostra que a Vale conseguiu reajustar o preço das vendas de minério de ferro previstas para este ano, sendo 71% para o minério de ferro de Carajás, que corresponde a cerca de um terço da produção total, e de 65% para a matéria-prima explorada em outras jazidas.
A Vale é a maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo e a segunda maior produtora mundial de manganês e ferro-liga. Possui plantas de extração de cobre, potássio, caulim e níquel e é uma das produtoras integradas de alumínio (bauxita, alumina e alumínio primário) de menor custo no mundo.
Além disso, acrescenta o deputado, a Vale é a maior empresa de logística do Brasil, onde possui e opera também ferrovias e portos. De 2000 a 2007, a Vale mais do que dobrou sua produção de minério de ferro, sendo que somente para a China as vendas passaram de cerca de 3 milhões de toneladas em 2000 para 100 milhões em 2007. A empresa teve também suas ações mais valorizadas do que as da Petrobras no rol das empresas de capital aberto mais lucrativas da América Latina, passando a frente dos conglomerados financeiros como o Bradesco, o Unibanco e o Itaú.“Não queremos negociações que se transformem em instrumento mesquinho de pressão, resolvido com barganhas de ganhos aparentes e de curtíssimo prazo, sem que isso resulte em mudanças estruturais na má condição de vida e trabalho do povo paraense”, diz o parlamentar.

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