quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Acosta quase perde a voz após o gol de letra

O uruguaio Acosta marcou um golaço – até agora, o mais bonito neste início do Paulistão -, o segundo do Corinthians na vitória por 2 a 0 sobre o Paulista, no Morumbi. Fez um gol de letra.
Ao término do jogo, repórter de emissora de rádio encosta nele e começa uma daquelas rápidas entrevistas, nas quais tudo pode acontecer (e geralmente acontece mesmo de tudo, em pouquíssimos minutos, às vezes até segundos):
- Bonito gol, hein, Acosta? É seu estilo fazer gol assim?
Acosta, que já não fala o português fluentemente, por muito pouco não perde a voz. E não foi sem razão.
Para os leitores do blog que não são chegados a futebol, o gol de letra – aquele em que o jogador deixa a bola passar um pouco para trás dele e finaliza com o lado de dentro do pé – é tão raro que muitos artilheiros passam a vida inteira sem marcar nenhum tento desse jeito.
Se gol de letra fosse o estilo de gol de Acosta, ele certamente não seria Acosta. Seria Pelé. Ou quase.

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