sábado, 19 de janeiro de 2008

O sumiço sabático do prefeito de Belém

Havia grande expectativa de que, durante a madrugada deste sábado, forças policiais montassem guarda na avenida Presidente Vargas e adjacências, à espera da chegada dos vendedores ambulantes. Que nada.
Pelo menos até por volta das 3h da madrugada de hoje, havia por lá, segundo depoimentos de repórter que passou pelo local, apenas um vendedor de água de coco e nenhum policial militar, muito menos guarda municipal e menos ainda agentes da Polícia Federal.
Quem baixasse a Belém diretamente de Marte e visse o cenário na Presidente Vargas provavelmente não acreditaria no que ocorreu ontem, dia de barulho, manifestações, tensão, ameaças, discussões e lojas fechadas. Tudo por causa dos camelôs, que se mostram irresignados com decisão de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que manda desocupar a avenida, para alívio de todos os belenenses.
Se a Prefeitura de Belém não cumprir a decisão, expõe-se a multas. E a autoridade que tem o poder de polícia para sanear a avenida, no caso o prefeito de Belém, Duciomar Costa, expõe-se a responder por crime de desobediência, caso comprovado que se utilizou de artifícios para deliberadamente ignorar a determinação emanada do Poder Judiciário.
De toda forma, a decisão judicial e as conseqüências que tem acarretado transformaram-se numa camisa-de-força política para o prefeito, candidato ainda não declarado à reeleição no pleito de outubro deste ano.
Duciomar acusou claramente o tranco. Em outras situações, chegou pessoalmente a tratar com os camelôs sobre o assunto. Ontem, já não era o prefeito quem se expunha na arena. Quem deu as caras foi o secretário municipal de Economia, João Amaral.O prefeito, em plena sexta, já observava, pelo menos em relação aos ambulantes, um sumiço sabático. Um dia antes deste sábado.

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