quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

"Nunca antes, na história deste País..."

Em O ESTADO DE S.PAULO:

Lula vai à rede de TV hoje exaltar economia
Em sua mensagem de fim de ano, presidente adotará tom de vitória


Serão cinco minutos de boas notícias. Em pronunciamento que irá ao ar hoje à noite, em rede nacional de rádio e TV, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará um balanço ufanista sobre as ações do governo neste ano e as perspectivas para 2008. Apesar das dificuldades que o Planalto enfrentará por causa do rombo de R$ 40 bilhões no Orçamento, provocado depois que o Senado impôs grave derrota ao governo ao rejeitar a CPMF, Lula adotará tom de vitória na mensagem de fim de ano.
“A CPMF é página virada”, disse ele ontem, durante reunião com os ministros que compõem o grupo de coordenação política do governo, no Palácio do Planalto. “Os governadores eram a favor da CPMF e mais da metade da bancada do PSDB também, mas foi um jogo. Agora é tocar a vida e tentar melhorar a receita de outro jeito”, completou, cobrando um plano de cortes no Orçamento.
Na lista dos assuntos que Lula abordará no pronunciamento, porém, os obstáculos foram para escanteio. O presidente vai comemorar o crescimento econômico, o aumento do emprego com carteira assinada e os 20 milhões de brasileiros que migraram das camadas mais baixas (D e E) para a classe C, de acordo com pesquisa do Datafolha. Ele dirá que o número de empregos criados neste ano foi o maior da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mais: baterá na tecla do ganho dos salários, da ascensão social, dos investimentos das empresas e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Mesmo sem reeditar a expressão “espetáculo do crescimento” - cuja estréia é aguardada desde 2003 -, Lula insistirá em que o Brasil está preparado para um grande ciclo sustentável. Mesmo intrigado com os possíveis efeitos da crise financeira dos Estados Unidos sobre o Brasil, ele ficou muito animado com informações dando conta de que o Produto Interno Produto (PIB) no terceiro trimestre deste ano foi de 5,7%, maior do que no mesmo período de 2006.


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