domingo, 30 de dezembro de 2007

Nas ondas do rádio


“Era uma mania nacional ouvir rádio. No Pará, era a Rádio Clube do Pará, e o programa que mais ouvíamos, o “Calendário Social”. No Amazonas, a Rádio Rio-Mar de Manaus, programa “Parabéns Pra Você”. No Maranhão, Rádio Difusora do Maranhão, programa “Bom Dia, Maranhão”, com o locutor Almir Silva. Ouviam-se também a Rádio Sociedade da Bahia; Rádio Dragão do Mar, de Fortaleza; Rádio Jornal do Comércio, de Recife; Nacional, Tamoio e Globo, do Rio de Janeiro; e Rádio Bandeirantes, de São Paulo. Cito aqui apenas as mais ouvidas.”
Este é um dos trechos de artigo que Vital Pantoja, leitor do Espaço Aberto, mandou pra cá.
Só quem viveu no interior – sobretudo no interior do Pará -, antes da televisão, pode oferecer uma idéia do que era o rádio. Ouvi-lo, mais do que mania, como diz Vital – que nasceu em São Sebastião da Boa Vista, município da região do Marajó -, era uma necessidade.
O rádio era a televisão daquele tempo. Em volta dele, literalmente, formavam-se rodas para ouvir o noticiário, principalmente o da noite.
Em Santarém, na época da II Guerra Mundial, poucos na cidade tinham aparelhos de rádio, daqueles enormes. E esses poucos era referência, eram os centros emissores das “notícias da guerra”, sintonizadas em emissoras de outros Estados do País.
Em Belém, a PRC5, “A voz que fala e canta para a planície” e posteriormente “A Poderosa”, era a nossa Globo do Norte.
Mais deixemos o espaço aberto para o Vital recordar. Entre aqui nas ondas do rádio.

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