quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

A explosão paquistanesa

Se o Paquistão já era um barril de pólvora desde o retorno da ex-premiê Benazir Bhutto ao país, o atentado que a matou, nesta quinta-feira, fará o País explodir.
Este Pervez Musharraf, general-presidente do Paquistão, tanto fez que conseguiu levar o País a enfrentar esta situação de confagração geral que agora se vê.
Musharraf, na aparência, é inexpressivo. Mas nunca se julgue os autocratas pela aparência.
Há dois ou três anos, o poster estava em Brasília e passava casualmente às proximidades do Congresso. Viu um ajuntamento de pessoas, carros de batedores, trânsito interrompido, essas coisas todas, e resolveu parar, de olho no espetáculo.
Era Musharraf quem chegava para ser recebido, na rampa, pelo então presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), àquela altura ainda livre das máculas do mensalão. O general passou pouco tempo lá dentro e saiu. Acenou para umas dez pessoas que não lhe responderam e foi embora, com o seu jeito inexpressivo de ser, mas cara de ditador sem culpas.
No Paquistão, milhões não acenam para Musharraf. Querem vê-lo pelas costas, indo embora para algum lugar de onde nunca volte.
Com justa razão.

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