quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Nem a tecnologia é capaz de evitar a imbecilidade. Nem ela.



Dormi assustado.
E acordei mais assustado ainda.
Desta vez, o susto não foi com uma nova tese sociológica de vice na chapa de Bolsonaro.
Foi com a imbecilidade - monstruosa, assustadora, inaceitável e chocante - do árbitro paraguaio que expulsou Dedé, o excelente zagueiro do Cruzeiro, no jogo desta quarta (19) à noite, em Buenos Aires, contra o Boca.
Porque o juízo imbecil, concebido pelo árbitro paraguaio Éber Aquino, contrariou imagens - objetivas, inequívocas - que não deixaram dúvida: a cabeçada, o choque que atingiu o goleiro Andrada não foi intencional. Foi absolutamente acidental.
Nem os jogadores argentinos esboçaram qualquer reação quando o lance ocorreu. Nem um deles, por exemplo, pediu que o brasileiro fosse punido com cartão amarelo. Todos, inclusive Dedé, se preocuparam em socorrer o goleiro, reconhecendo que o choque foi acidental.
E ninguém, inclusive os jogadores argentinos, entendeu quando o árbitro foi consultar o VAR.
Aliás, e por falar em VAR, defendemos durante anos o uso da tecnologia para acabar com lances duvidosos e, com isso, evitar as injustiças no futebol.
Pois está demonstrado que a tecnologia - nem ela - é capaz de evitar injustiças, quando a imbecilidade comanda uma partida.
Porque é injusto a expulsão de um jogador, sobretudo quando ele tem conduta exemplar no gramado, como Dedé, que assim poderá ser um grande desfalque da Raposa para o jogo de volta, em Belo Horizonte.

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