quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A era da desinformação, das "fake news", do "repassando"


Com todo o respeito aos que entendem o contrário, mas não, decididamente não vivemos a era da informação.
Vivemos, sim, a era da desinformação, da confusão, do repassando.
Vivemos a era das fake news, assim chamadas, em português de Portugal, as mentiras, a mentirada, a invencionice, a maluquice sem fim que se dissemina pelo WhatsApp e pelas redes sociais de um modo geral.
Nos últimos dias, circulou por uma infinidades de grupos no Zap postagem informando (mamããããããeeeeee!) que um bairro de Belém estava sendo dominado por arrastões de bandidos que, ousadamente, davam mostras da disposição de ampliar suas ações delituosas por vários outros bairros da cidade.
Em grupos dos quais faço parte, fiquei estupefato ao receber essa mensagem de manhã bem cedo, em vários períodos da tarde e à noite, tudo no mesmo dia.
Em resumo, e pela lógica da maluquice que impera nas redes sociais, o arrastão começou de manhã, prosseguiu à tarde e entrou pela noite. Continuamente. Continuadamente. Sem parar. Sem interrupção. Numa escala crescente.
E haja mandarem o mesmo zap com aquele odioso verbo ao final: repassando...
Tem sentido isso? Não tem, por óbvio.
Mas ninguém, quase ninguém raciocina mais.
Ninguém, ao receber essas mensagens imbecis, idiotas e implausíveis, para por um segundo sequer para concluir que são mentirosas.
Mas as repassam automaticamente. E ao final, registram: repassando.
E assim a desinformação se dissemina em progressão geométrica e incontrolável.
E vocês ainda querem que eu acredite que esta é a era da informação?
Não.
Repito: vivemos, sim, a era da desinformação, da confusão, do repassando imbecilidades e idiotices sem fim.

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