terça-feira, 10 de março de 2015

Corrosão política - ou não - será decisiva para o governo

A cúpula do Congresso ocupada durante os protestos de junho de 2013. Estaríamos às vésperas disso outra vez?
Fontes próximas - bem próximas - da bancada paraense do Senado avaliam que o teste praticamente definitivo do governo Dilma Rousseff será no próximo domingo, data marcada para a mobilização, ao que se diz apartidária, que deve pedir o impeachment da presidente da República.
Essa percepção não deixa de ter procedência, mas tudo indica o nível de adesão à mobilização de domingo não seja o único fator político a ser levado em conta para se avaliar até que ponto as agruras políticas do Planalto poderão aumentar ou diminuir.
Talvez mais decisivo ainda que as vozes das ruas, no próximo domingo, seja a postura do Congresso de hoje até a próxima quinta-feira, quando haverá votações de matérias importantes, inclusive o veto à proposta que reajusta a tabela do Imposto de Renda.
Se o governo sofrer derrotas avassaladoras, haverá sinal de que a corrosão da estabilidade política do governo Dilma entrou naquele perigoso estágio do sem retorno.
E aí, meus caros, será a senha para que as ruas apenas entoem isso. Em alto e bom bom.
Mas hás petistas que podem perder tudo - até o governo -, mas não perdem a pose.
Petistas há que apostam não apenas no fracasso da mobilização de domingo, mas acham que, a partir daí, o governo Dilma terá a grande oportunidade de dar uma guinada, recuperar a credibilidade, retomar a iniciativa de uma agenda política positiva e repor o leme no caminho do porto seguro.
É esperar - para ver e crer.

Um comentário:

  1. A esperança é a última que morre...
    Mas é surreal! que o governo Dilma dependa, agora, inteiramente, do PSDB!
    Pois somente a sensatez de FHC, manifestando-se contra o impeachment, está impedindo uma derrocada total.
    Desta vez Dilma e o PT poderão encher a boca para dizer:
    É culpa do FHC!
    Será que eles dirão?

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