quinta-feira, 13 de junho de 2013

O dia da nomeação


Foi uma experiência interessante. No início deste ano, minha esposa fez-me uma pergunta humanamente sem resposta. Estávamos na hora do jantar quando ela, aprovada num concurso público federal há quase dois anos, virou-se para mim e perguntou: “Rui, você, que é um homem de Deus, me diga: quando eu serei nomeada?” No mesmo ímpeto de sua pergunta, respondi: “Você será nomeada no dia 13 de maio!”.
Os meses passaram. Minha esposa estava plenamente confiante naquela palavra, afinal de contas, esse tipo de fato é algo rotineiro em nossa casa. Quando maio chegou, ela permanecia firme. Vez ou outra, renovava sua fé lembrando-me a data anunciada, que, ao modo do começo do ano, eu confirmava. Os meses passaram, e quanta alegria tivemos ao ver aquela palavra se cumprir. Pois, exatamente no último dia 13 de maio, o Diário Oficial da União publicou a nomeação anunciada. Para alguns, uma grande coincidência. Para outros, um blefe, refutado facilmente através de um vídeo produzido durante uma palestra que fiz no dia 19 de abril. Para nós, um tipo de comunicação especial, que venho discutir hoje.
Estamos plenamente convictos da existência de outra dimensão de vida, o Reino de Deus, que vez ou outra interage conosco. Enquanto o homem procura vida análoga aos nossos padrões na vastidão do Universo, relatos de todos os cantos da Terra apontam para uma comunicação superior. Apontam para um nível de comunicação muito além dos modernos satélites e das estações espaciais.
Como determinar o dia da nomeação de um candidato aprovado em concurso público? Matemáticos poderiam apontar uma remotíssima chance de acerto aleatório. O ato de nomeação era algo completamente alheio a qualquer tipo de ingerência, era uma decisão exclusiva da presidência do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, cuja sede está em Brasília. Como prever isso? A resposta pode estar na seguinte afirmação: fatos impossíveis aos homens constituem o domínio absoluto da Divindade. Comunicação superior. Agilíssima. Eficaz. Infalível.
Eu precisaria escrever exaustivos artigos para contar minhas experiências diárias sobre a existência desse tipo de “ponte aérea” entre o Céu e a Terra. Precisaria retroceder à minha infância até 2013. Falaria de visões, predições, sonhos, audições, curas e um sem-número de vezes que tenho testemunhado essa maravilhosa interação. Mas basta o dia de hoje.
O segmento cristão acredita na existência de anjos. Segundo as Escrituras, esses seres são mensageiros de Deus a serviço dos futuros habitantes das regiões celestiais. Eles podem se mover mais rápido do que a luz. Podem assumir formas diversas. Podem falar e ministrar algum tipo de poder sobre as pessoas. Essa foi a experiência de mulheres e homens do Antigo Testamento. Experiência de Maria, Pedro, Paulo, João e de milhares de pessoas ao longo dos séculos. E, certamente, não sofreu interrupção em nosso tempo, nós é que endeusamos demais o passado. Assim farão os homens do século XXII a nosso respeito. A morte alheia parece ter o poder de nos fazer enxergar o que não vemos em nossa vida.
Quantos anjos devem estar na Terra agora? Considerando que somos sete bilhões de almas, pelo menos deve existir idêntico número. Porém, as Escrituras falam de legiões, um número militar de soldados, que no Império Romano podiam estar reunidos em grupos de cinquenta, cem, mil e até maior número. Quem sabe, então, existam mais anjos do que homens sobre a face da Terra. Assim, imaginemos uma magnífica rede de comunicação, um tipo de escada de Jacó, por onde essas criaturas angelicais sobem e descem incessantemente. Embora este tipo de assunto possa ser reputado como fic- ção, não podemos desconsiderar que grande parte da humanidade acredita nele como verdade.
O que os anjos podem fazer? Tudo quanto necessário para nos garantir uma existência livre de embaraços em nossa caminhada. Segundo a Bíblia, não podemos nos dirigir diretamente aos anjos. Eles são servos de Deus. Este é quem dá ordens para eles em nosso favor. Então, experimente pedir que Deus envie um anjo em determinadas situações. Experimente isso quando o trânsito parar. Nas filas de bancos. Nas audiências judiciais. Nas salas de cirurgias. Quando perder um objeto em casa. E sempre que estiver em iminente aflição. Grite: “Deus, por favor, envie o seu anjo agora!”. Depois me conte.
Hoje [terça-feira] é um dia muito feliz em casa. Hoje é o dia da posse de minha esposa. O presidente do Tribunal e demais autoridades de Brasília estão em Belém para cumprir a nomeação do dia 13 de maio. Solenidade às 17 horas.

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RUI RAIOL é escritor
www.ruiraiol.com.br

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