quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Petistas do Pau D'Arco rejeitam apoio ao PSOL

Então é assim.
Não é só a Corrente Socialista dos Trabalhadores e o PSTU que resolveram debandar da campanha em favor do candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues.
Parte do PT também está no mesmo caminho.
E o faz publicamente, sem meias palavras.
Ao contrário, petistas enchem as redes sociais para proclamar, de forma contundente, que estão fora da campanha de Edmilson, por avaliarem que existe uma contradição cruel entre o fato de o PSOL ter feito oposição declarada e virulenta ao governo Lula, continuar fazendo oposição ao governo Dilma, mas mesmo assim ser apoiado pelo PT.
Vejam o caso do Núcleo Pau D'Arco do PT em Belém.
É um dos núcleos de base mais aguerridos, mais tradicionais do partido. Reúne militantes históricos do bairro do Telégrafo.

Após dois dias de intensos debates, o Núcleo decidiu, na semana passada, engrossar a fileira do voto nulo.
É um grupo organizado. Embora tenha o apoio dos deputados Valdir Ganzer e Zé Geraldo - da tendência interna PT pra Valer -, os líderes não controlam o movimento basista e rebelde, aliás bem típico do chamado PT das origens.


Pois vejam só. No Facebook, o Núcleo fez a postagem abaixo, publicada no grupo Amigos do Professor Alfredo Costa, deputado estadual que concorreu pelo PT à Prefeitura de Belém neste ano.
A postagem expõe claramente o posicionamento dos petistas do Pau D'Arco.
O Espaço Aberto manteve exatamente a redação original.
Confiram.

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Se nós dependêssemos da direção do PT ou de Tendência estávamos mergulhados no 50... Mas a questão é bem maior ainda... O PT deixou de ganhar Abaetetuba, Capim, Concórdia, perdemos Parauapebas, Santarém e muitas outras... Com Psol em Belém, compreendemos que o PT perde a sua identidade, e sendo assim... O que sobra ao PT? Um bom Exemplo rático para todos do PT foi em EM 2006, O governador era o mesmo pilantra que aí está, o Prefeito era o mesmo Bandido que ai está, e Elegemos a Governadora o Estado Ana Julia Carepa, Aumentamos as Bancadas de Deputados Estaduais e Federais no Pará e no Brasil, e tudo isso com a imensa ancorada do Escândalo do Mensalão de 2005, e ainda reelegemos o maior alvo daquele escândalo, que foi o Presidente Lula que foi bastante explorado pelo PSDB, DEM, PPS e pelo PSOL, este último composto por pessoas, incluindo Edmilson, que mensuraram o volume do escândalo Nacional e avaliaram que o PT sairia disso sem condição sequer de eleger alguém pra sindico condominial. A Partir de então o PSOL assumiu a postura de Partido Anti petista. E diferente que muitos dizem que não aceitam nacionalizar as eleições, o PSOL faz isso e coloca de fora apenas Belém pelo oportunismo de precisar dos votos de petistas. O Psol sempre assumiu ser extrema oposição aos Governos Lula e Dilma, e para isto se alia ao PSDB, DEM e PPS para consolidar a luta contra este governo. Da mesma forma, prega a Política anti direita para combater os desmandos e desvios dos governos de Direita. Assume ser contra o PT em quaisquer ocasiões e está provando isso mais ainda agora, Mesmo o PSOL Nacionalmente tendo todo interesse de conquistar o comando de uma capital como Belém, não mediu esforços em aprovar o voto anti PT em Salvador, em Fortaleza e em São Paulo. Então... ONDE ESTÁ O PSOL?

8 comentários:

  1. Paulo,
    Data vênia o direito democrático às diferenças políticas e o necessário, pelo menos como meta, convívio civilizado entre elas, esta nota é a mais vil prova da rasteira capacidade de compreensão política de um setor do partido.
    Primeiro, demarque-se: ser "núcleo", neste caso, nada tem a ver como "PT das origens". Um núcleo também por ser o modo como se organiza um pensamento específico - para este que escreve ser republicano - que optou por não se agrupar como tendência.
    O PSOL é um partido esquerdista. Sem dúvida. Desses que tomam partidos laborais por partidos "burgueses", que confundem o tático e o estratégico e que, como dizia Ferreira Gullar, "ao invés de estarem defendendo o La Moncada, estavam a fechar o aeroporto de Santiago". Esta, pelo menos é a origem do PSOL.
    O processo em Belém revelou uma opção popular entre a esquerda e a direita, que no Brasil, goste-se ou não, no imaginário popular, é capitaneado pelo PT x PSDB, ou oposição x Lula. O Edmílson, com toda sua trajetória, foi identificado como o candidato deste pólo, da esquerda. Sua vida está ligada ao que o povo, belamente, qualifica como "petista" ou "coisa do PT". Para o bem ou para o mal. Por isso encaixa, ajuda e promove o apoio de Lula e Dilma neste segundo turno. Este é o sentido histórico-político da candidatura dele, apesar de ser do PSOL. Neste leque, claro, cabe a idéia de "aprofundar as mudanças" ou propugnações por correções de rota, ajustes e tal. Isso também faz parte deste imaginário acerca do que são "coisas do PT".
    Não estou com isso forçando uma cooptação. Sei o que é e respeito o PSOL e os demais partidos de esquerda. Estou tratando aqui do que muitos tem chamado de "lulismo".
    Goste ou não, Edmílson faz parte disso, porque ajudou a construir isso e, agora, mantendo a independência política normal e democrática, se reconcilia com isso.
    Em termos práticos, "infraestruturais", como diria um sábio italiano, isso significa inversão de prioridades na agenda pública em prol da equidade social, política e econômica, estado na economia para produzir justiça social, ampliação da participação social, fortalecimento dos movimentos sociais, etc. O oposto da agenda tucana.
    Ainda que valorize as marcas do "Governo do Povo", o que é óbvio para se demarcar um espaço político, o PSOL já sabia que a parceria com o governo federal, pelo conteúdo da agenda e não por quem é mais ou menos amigo da autoridade xis, seria imprescindível.
    Ao PT, portanto, fora do segundo turno justamente por ter havido uma candidatura que captou mais o sentido histórico político, nesta conjuntura, do que a sua, deve apoiar Edmílson, justamente por este sentido histórico-político buscado. Quem se opõe a isso por querelas eleitorais passadas, pensa na política com a profundidade de um pires. A mesma profundidade de CST e PSTU.
    Volto a dizer: o PSOL é esquerdista, o PT não. O PT lidera um projeto político nacional e é muito responsável com ele.
    Se setores do PSOL começam a perceber, a despeito de todo o direito à crítica, à autonomia política, à busca por uma esquerda plural, este sentido histórico-político com o qual o PT se compromete e se responsabiliza a ponto de colocar Lula e Dilma dizendo "vote 50", é excelente. E estaremos, sim, juntos. Aqui e em outros cantos do Brasil no futuro próximo.
    E assim tem que ser: unidade popular.
    Importam as linhas dos livros de História e a vida do povo. O resto é "par ou ímpar". É aquele papo do sofá novo na sala.

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  2. Coerência do PSTU.

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  3. É, e a dona ética, a dona moral e a dona ideologia que se lasquem.
    O importante é ganhar.
    Sendo "disquerda" tudo vale, né mano?
    Taí o "ídolo" Zé Saidaí Dirceu pra provar.

    Rasgam as biografias e depois vão falar fino na frente do competente Joaquim "Batman" Barbosa.

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  4. Não dá para entender porque o PSOL é contra o governo federal (se diz oposição) e aqui em Belém se uniu ao PT. Conveniência espúria a resposta.

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  5. Chamar de pilantra e bandido é crime de injúria!

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    1. Só eh crime se for mentira. Hehehe!

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  6. Quem perdeu foi o PSOL, só falta a Ana Júlia e o Puty pra acabar de afundar com o Ed. E o Sr Leopoldo fala muito, mais participou do desastre do governo do PT. Lembre que seu guru Zé Dirceu vai pra cadeia.

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  7. Sandro Paulo25/10/12 07:57

    Ninguém falou fino com o Barbosa. Basta lerem as notas de Dirceu e Delúbio. Pelo contrário, o mundo jurídico está falando é grosso com ele. Assim como na dosimetria, os que aturaram ele para condenar o PT, mostraram toda sua desqualificação, ao sequer conhecer o Código Penal.
    E Batman é um herói legal, mas que age fora da lei, por isso o comissário Gordon esconde ele. Só que Batmans são pros filmes. No mundo real, quem começou a contar a história de Barbosa foi a Veja, logo, imagine-se por dedução pela história recente, que a trajetória dele em breve será contada como o debate Lula x Collor de 89.

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