segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

“O povo, coitado, esse que se lixe”

De um Anônimo, sobre a postagem Deixemos o secretário Edilson Rodrigues trabalhar!:

A mera idéia de que "o oponente está num nível tão inferior que não se deve dar atenção a ele" desnuda a visão equivocada que o Anônimo - provavelmente alguém muito próximo do secretário Edilson Rodrigues - tem do que seja o poder público, porque somente os que estão num nível igual ou semelhante ao do secretário Edilson Rodrigues merecem uma resposta, mesmo que a acusação seja grave, gravíssima.
Como o conjunto da população é constituída de seres comuns - como eu, tu e todos os outros -, não temos, a seguir a lógica do Anônimo, o direito de obter uma resposta do secretário Edilson porque estamos - veja só - "num nível tão inferior" que sequer atenção merecemos.
Assim, subverte-se o princípio republicano da igualdade de todos sob a Constituição e instituiu-se uma nova modalidade de aristocracia em que só os que estão no mesmo nível (?) ou no melhor nível (?) podem trocar informações entre si.
O povo, coitado, esse que se lixe. Quem manda ficar num nível inferior dos estamentos sociais?
E pensar que um dos slogans do atual governo é "Pará, Terra de Direitos!”

Um comentário:

  1. Paulo,

    Isso sem comntar que, "NÓS, DO NÍVEL INFERIOR" é que pagamos os salários dos, de acordo com a ótica do anônimo em pauta, nível supeior.
    Estou até agora tentando entender "nível superior"... superior em que?
    - em fazer sacanagem?
    - em usar do cargo para impor arbitrariedades?
    - em achar, que um carginho de M...., que nem é vitalício e de onde pode cair como jaca podre em um segundo, lhe dá o direito de passar por cima de tudo e de todos?
    - é Paulo, cada vez me convenço mais de que, se queremos conhecer alguém, deleguemos poder a ele. É nesse momento em que as máscaras caem e o idealismo vira ficção.

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