domingo, 20 de dezembro de 2009

É hora de “acertar a mão”

No AMAZÔNIA:

O torcedor bicolor não receberá este ano o presente de Natal que esperava. Erros estruturais impediram o clube de conquistar o retorno à Série B do Campeonato Brasileiro. Pior de que isso: os muitos deslizes cometidos ao longo da temporada - de mudanças no comando técnico ao excesso de contratações - fizeram com que o clube chegasse ao final do ano sem um elenco pronto para 2010 e sem a menor credibilidade junto aos seus torcedores.
Aliás, a única alegria que os bicolores viveram em 2009 já vai longe: o título estadual conquistado ainda no primeiro semestre. Além disso, teve passagem razoável pela Copa do Brasil e, na Série C, deixou escapar o acesso diante do inexpressivo Icasa-CE.
Por isso, e precisando de um bom fluxo nas bilheterias para garantir também um equilíbrio financeiro, a diretoria sabe que em 2010 não poderá errar ou, na pior das hipóteses, terá que minimizar erros. A saída imediata encontrada pela diretoria foi abandonar a estratégia de contratar jogadores de baixo custo. É claro, sem extrapolar os padrões econômicos do Bicolor.
É isso que busca a diretoria, com uma política próxima do 'bom e barato', mas sempre garantindo alguma reserva econômica para assegurar no grupo dois ou três jogadores com padrão salarial mais elevado e que, na prática, darão sustentação ao grupo. Responsável por orientar esta segunda reformulação do elenco, após a fracassada experiência com a legião estrangeira trazida por Nasareno Silva, o novo treinador, Luiz Carlos Barbieri promete um time guerreiro e focado nas competições.
Mas para chegar nesta mesma época, em 2010, não apenas comemorando o bicampeonato estadual, mas sim a volta à Segunda Divisão do futebol brasileiro, dirigentes e treinador terão que melhorar muito o aproveitamento nas contratações de reforços. Só para se ter uma ideia do nível de erros cometidos neste último trimestre é só fazer as contas: dos 23 jogadores que desembarcaram na Curuzu durante a 'Era Nasareno Silva', apenas oito continuam no clube. Ou seja, um aproveitamento de apenas 34.7% da contratações.
Já no primeiro semestre, quando foram contratados 16 jogadores e o time foi campeão paraense sob a batuta do técnico era Edson Gaúcho, o aproveitamento foi bem melhor, principalmente levando em consideração que após o Parazão apenas três jogadores deixaram o clube por não corresponderem às expectativas (Jorginho, Thiago Silva e Reinaldo). O que significa um aproveitamento superior a 83%.
'É claro que a diretoria nunca vai chegar aos 100% de acerto nas contratações, mas o que todos nós esperamos é que a maioria dos jogadores que vierem para reforçar o clube consigam emplacar. Assim, vamos poder formar um time forte e que possa brigar pelo bicampeonato', comentou o atacante Zé Augusto, que não esconde a preocupação com o excesso de contratações erradas no clube. 'O tempo de errar já passou. O campeonato começa daqui a um mês e quem vier para cá tem que ter qualidade e compromisso com o clube', definiu.

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