terça-feira, 28 de julho de 2009

Crise ronda a Pantera, apesar da boa campanha

No AMAZÔNIA:

Enganou-se quem pensou que a vitória contra o Cristal-AP e a liderança tranquila do Grupo 2 da Série D traria um ambiente de paz e daria um basta nos boatos que ameaçavam o cargo de Artur Oliveira. Na verdade o problema só piorou. A declaração de Artur ao fim do jogo, dizendo que aquela poderia ter sido sua última partida, expôs a crise que vive o clube. Segundo Alberto Tolentino, diretor de futebol da Pantera, os problemas financeiros são o principal fator para as controvérsias entre os dirigentes. Uma reunião, às 8 horas de hoje, definirá se a cúpula renunciará, ou não, aos cargos.
Até antes da partida em Macapá, a diretoria declarou, em uníssono, que o cargo de Artur não estava ameaçado, talvez pensando que os problemas internos pudessem ser solucionados. Porém, segundo Alberto Tolentino, o ambiente vêm se tornando insustentável no clube, já que a presidência praticamente virou as costas para o futebol profissional do clube. 'O Artur disse que poderia sair porque certamente não se sentirá confortável com a saída da diretoria e futebol. Alguns jogadores também manifestaram a possibilidade de deixar o clube caso isso aconteça', disse.
O dirigente afirma ainda que os problemas financeiros vêm tirando a calma e inviabilizando decisões. Ele aproveita para cobrar do Governo do Estado algum apoio para o clube. 'O Governo do Tocantins deu quase R$ 500 mil para o time disputar a Série D. O Nacional recebeu quase R$ 1 milhão. E nós, nada. Não sei se pelo fato de sermos do interior. Duvido que o Remo ficaria sem apoio se fosse o único representante paraense.' Alberto compara a situação com a de um casamento. 'Se tem dinheiro tudo vai bem. Mas quando falta, surgem muitas críticas', disse ele, garantindo que tirou dinheiro do próprio bolso para ajudar o clube.
E a crise tem reflexo nas arquibancadas do Colosso do tapajós. Como o time ainda não fez uma boa apresentação em casa, a arrecadação, que era a grande esperança do clube de fazer caixa, está muito aquém do que era esperado. 'Se tivéssemos o público do Parazão nos jogos em casa, não precisariamos de ajuda para ninguém', diz Alberto, que antes da última partida fez uma coleta com médicos da cidade para ajudar nas despesas de hospedagem e alimentação.

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