Da jornalista diplomada Hanny Amoras, ainda sobre a decisão do STF:
[...] A decisão do STF jogou, sim, o nosso diploma de jornalista na latrina. Agora, se o Fernandinho Beira-Mar, os BBBs da vida, o Mickey e o Pateta e o Gilmar Mendes quiserem podem retirar o registro de jornalista. Quem irá impedi-los? A Justiça? Mas como assim?
Mas alguém pode dizer: "Ah, mas os empresários de comunicação só vão querer contratar quem fez o curso superior de jornalismo por essas e essas razões". Balela! Conversa para boi dormir.
Ainda tem aqueles que dizem que a profissão será valorizada. Hein? Em que mundo vivem essas pessoas?
Poucas empresas estão preocupadas com o "informar para formar". Querem contratar mais por menos.
Outra coisa: a decisão do STF não é para permitir que qualquer pessoa tenha coluna em jornal. Desculpa-me, mas essa interpretação chega a ser ingênua. Inclusive, um dos argumentos da Fenaj (no processo) contra a alegação de que o diploma feria a liberdade de expressão estava justamente no fato de que qualquer pessoa pode se manifestar na Imprensa em colunas, espaço do leitor e outros. É lógico que cabe à editoria do jornal analisar se um texto de coluna, por exemplo, desperta interesse do leitor. Do contrário, se todo mundo achar que o jornal é obrigado a publicar seu pensamento, não haverá espaço para mais nada.
A única vantagem que vejo na decisão do Supremo é que será colocado um freio na criação daquelas faculdades de jornalismo de fundo de quintal, para as quais o jornalismo não passava de status, glamour, sem compromisso social.
Enquanto isso, continuo na expectativa do concurso do STF para jornalistas. O que será que vai cair na prova? Questões de Direito? Tam-tam-tam.
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