Políticos, quaisquer que sejam, sempre estão a dar motivos de revolta, de asco.
Quando se locupletam, por exemplo, causam nojo.
Quando tentam tratar o distinto público como uma horda de imbecis, também causam repulsa.
Vejam o presidente do PMDB e da Câmara, Michel Temer (PMDB), por exemplo.
Sua Excelência sustenta que toda essa disputa em torno de Furnas não tem nem um dedo, nem um fio de cabelo, não tem nada, enfim, de PMDB.
Nada.
“Não é PMDB, não. É uma questão administrativa, do Ministério de Minas e Energia e de Furnas [cujo ministro é o peemedebista Edson Lobão]. Não é uma questão do PMDB”, diz Sua Excelência.
Temer é professor. Muitos o respeitam como jurista. É intelectualmente qualificado.
Talvez por isso Sua Excelência pense que o resto não passe disto: de um resto.
Então, é isso.
Quando se preenche um cargo na Funasa, isso não tem nada de PMDB. É uma questão entre o Ministério da Saúde e a Funasa.
Quando se preenche um cargo na Eletrornorte, por exemplo, isso não tem nada de PMDB. É coisa entre o Ministério de Minas e Energia e a Eletronorte.
Quando se preenche um cargo em qualquer empresa pública, em qualquer autarquia, isso não tem dedo de partido nenhum, seja qual for.
Não passa de uma questão meramente administrativa entre a empresa pública, entre a autarquia e o ministro respectivo à qual está subordinada.
É assim?
O presidente da Câmara acabou de acabar com o fisiologismo no Brasil.
Decretou o fim da interferência partidária na nomeação de apaniguados para ocuparem cargos que deveriam privilegiar a capacidade técnica.
Decretou Sua Excelência que partidos e políticos não têm interesses em nomear correligionários para este ou aquele cargo.
Sua Excelência encontrou outro nome para fisiologismo: “questão administrativa”
Céus!
O presidente da Câmara, até mesmo por ser presidente da Câmara, deveria respeitar o distinto público.
Deveria ter vergonha de tentar nos fazer de bobos.
Que$$$$$tão admini$$$trativa, poi$ não?!
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