terça-feira, 1 de julho de 2008

Exportações registram o maior crescimento no Pará

Apesar de dificuldades, como a proibição de embarque pelo porto de Belém, a comercialização de bovinos vivos manteve-se nos primeiros quatro meses de 2008 como um dos itens de maior crescimento na pauta de exportação do Pará. De janeiro a maio, esse item rendeu US$ 113 milhões ao estado, um aumento de 337% sobre o mesmo período de 2007 (US$ 26 milhões). Só as vendas de manganês para o exterior cresceram mais, chegando a 533% na mesma comparação (de US$ US$ 28 milhões para US$ 182 milhões).

O balanço do primeiro quadrimestre divulgado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), confirma uma tendência que vem se mantendo desde o início do ano: o de crescimento das importações bem acima das exportações. De janeiro a maio, o Pará importou 59,30% a mais em comparação ao primeiro quadrimestre de 2007, enquanto as suas exportações subiram 20,71%. Mas o valor importado (US$ 326 milhões) ainda é muito pequeno quando comparado ao exportado (US$ 3,6 bilhões). O saldo na balança comercial paraense ficou em quase US$ 3,3 bilhões nesses primeiros quatro meses, aumento de 17,87% sobre o saldo dos quatro primeiros meses do ano passado (o saldo da balança comercial do Brasil teve queda de quase 45%).

Os produtos minerais registraram um pequeno aumento em sua participação nas exportações paraenses, de 81,33% para 81,66%. No primeiro quadrimestre deste ano o Pará exportou o equivalente a US$ 2,9 bilhões em minérios, um aumento de quase 22% em relação ao primeiro quadrimestre de 2007. A liderança pemanece com o minério de ferro (participação de 27,91%), seguido pelo alumínio (13,39%, mas com uma pequena queda de 0,53% em relação ao que havia sido exportado no ano passado) e pela alumina (13,24%). A bauxita teve a maior queda nas exportações, de -15,92%, em razão da Mineração Rio do Norte ter aumentado suas vendas internas, para abastecer a expansão da produção de alumina da Alunorte, em Barcarena. O aumento de 533% nas exportações de manganês é explicado em boa parte pela excelente valorização do preço do produto, de quase 305% no período comparado.

Entre os chamados produtos tradicionais, a madeira continua liderando com folga, com participação de 8,87% na pauta, aparecendo a celulose no segundo lugar, com 3%. No geral, a madeira fica atrás apenas de três produtos minerais: ferro, alumina e alumínio. Mas a crise que atinge o setor madeireiro fez as suas vendas para o exterior caírem 6,39%, chegando a US$ 320 milhões. O detalhe é que enquanto o volume de madeira exportada caiu 25%, o seu preço subiu os mesmos 25%, em razão do maior valor agregado aos produtos madeireiros.

 

Leia mais no Pará Negócios, do jornalista Raimundo Pinto

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