segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ana Júlia começa a operar a reforma do secretariado

Na coluna Repórter 70, de O LIBERAL:

GOVERNO
Eleições


Dia seis agora, a governadora Ana Júlia reúne todos os seus auxiliares para ditar as regras do jogo que o governo pretende empreender até as eleições de outubro. Mais que isso, a governadora reafirmará a necessidade de que candidatos entreguem seus respectivos cargos ainda em janeiro, e não em abril, data limite para as desincompatibilizações, como desejam alguns. Ana Júlia quer rearrumar a casa para não perder tempo, porque considera que terá muito trabalho até as eleições.


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Do Espaço Aberto:

É isso mesmo.
É exatamente o que diz a coluna.
A reunião da próxima quarta-feira será decisiva para a governadora balizar suas ações, que têm como alvo, é claro, a campanha eleitoral de outubro, em que ela tentará a reeleição.
Especulações é que não faltam sobre os prováveis substitutos dos atuais secretários-candidatos.
Um dos nomes que poderão despontar é o de Miltinho.
Miltinho?
É.
Miltinho: Milton dos Santos Rezende (aí na foto pequenina).
Nos corredores próximos, bem próximos ao gabinete da governadora Ana Júlia, dez entre dez petistas, dez entre dez auxiliares de Sua Excelência o conhecem.
Rezende – ou Miltinho para os íntimos – é baiano.
Era o representante da Democracia Socialista (DS) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), que congrega principalmente os bancários do país.
Sua tarefa na CSD (CUT Socialista e Democrática, nome da DS no movimento sindical) era organizar nacionalmente os bancários da tendência.
Está como assessor do gabinete da governadora.
Saiu da Contraf para, digamos, “fortalecer” o governo Ana Júlia, sob orientação do Joaquim Soriano que também tirou da Caixa Econômica o também bancário, este sim paraense, Paulo Cunha, irmão de Humberto Cunha e do presidente do Sindicato dos Bancários PA-AP.
Quem o conheceu pessoalmente ou já privou de convivência mais amiúde com Miltinho descreve-o como pessoa adorável.
Adorável, é claro, para seus pares de corrente, especialmente os que estão de acordo com sua política.
Mas Sua Senhoria estaria longe de ser tolerante no trato com as diferenças.
E também não costumaria demonstrar nem dó nem piedade quando é necessário passar o rolo compressor para comprimir – ou rejeitar - posições discordantes.
E onde entra Miltinho nessa reforma?
É que seu nome tem sido lembrado ultimamente para substituir o chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, que é pré-candidato a deputado federal pela DS.
Considerando o status da posição de Puty e suas relações muito afinadas com a governadora Ana Júlia, ainda não se sabe se ele vai logo sair até final deste mês ou se apenas em abril, prazo fatal para as desincompatibilizações.
De qualquer forma, se Miltinho for o seu substituto, a coisa vai pegar.
Vai pegar para a articulação política do governo Ana Júlia, sobretudo na Assembleia.
Além de ser "forasteiro", fator que fatalmente o colocará em confronto com a base petista da DS e da que tem assento na própria Assembleia, seu estilo em nada se conforma, em nada se harmoniza com a necessidade ampliar o arco de alianças para fortalecer as pretensões eleitorais da governadora Ana Júlia.
Convém esperar.
Para ver o que poderá acontecer.

4 comentários:

Anônimo disse...

Caro Blogger, vc precisa checar melhor as suas fontes, ou então parar de acreditar nestes balões de ensaio....o nome cotado para substituir o de Puty é o do Paulo Cunha, atual Chefe de Gabinete da Governadora.

Se o Rezende substituir alguém será o Paulo Cunha, na chefia de Gabinete....

Anônimo disse...

A análise do blogger é coerente, mas há mais e muitas águas para passar por debaixo da ponte até fins de março.
O que se sabe é que a Casa Civil é estratégica para qualquer governo, sobretudo, por ser o local das articulações políticas com aliados e com as próprias tendências internas do PT.
O que se sabe, muito pouco, é mudança de titular na Casa Civil é líquida e certa. O perfil do substituto de Puty é de alguém com canal direto junto a governadora. Até aí, o nome de Miltinho ganha algum vento a favor, mas no quesito traquejo paroquial, aí já são outros quinhentos... e é nesse ponto, exatamente nele, que o nome de outro D'ouro (como se chama aos secretários mais próximos da Governadora) ganha força. Este, chama-se Maurílio Monteiro (SEDECT) que tem a concordância de Puty e trânsito no PT, DS e é um ótimo articulador político.
São conjecturas, até março, muitas águas vão rolar...comece

Anônimo disse...

Tanto faz um como o outro é tudo farinha do mesmo saco, quer dizer da DS, portanto, boas coisas não são!

Anônimo disse...

Além de "forasteiro" na politica local, esse cara é um "aboçalado".