segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O Grupo Yamada e seu silêncio que grita. E como grita!

O Grupo Yamada, uma das maiores e tradicionais organizações empresariais do Pará, até agora se mantém em silêncio sobre os motivos que levaram à suspensão do funcionamento do Yamada Plaza, aquele da Governador José Malcher, em São Brás, que funcionava durante as 24 horas.
É um silêncio que grita.
Não se sabe se o silêncio grita em português, japonês ou sânscrito. Mas grita - talvez nos três idiomas e em outros.
Conforme o blog informou, desde a semana que o supermercado reduziu o horário de funcionamento. Agora, passará a funcionar apenas até 23 horas.
Gente próxima à direção do grupo justifica que o encolhimento do horário deve-se a reformas internas que estão sendo feitas no supermercado.
Reformas?
Sim, reformas. Mas não se diz que tipo de reformas. Não se fala qual a natureza das reformas – se estruturais, se estéticas, se as gôndolas vão receber florezinhas cada uma... Enfim, ninguém explica que reformas justificariam a redução do horário do Yamada 24 horas.
E quando as reformas vão terminar?
- Não há prazo para as reformas serem concluídas – é o que respondeu fonte bem informada com quem o poster falou neste final de semana.
Então, pronto.
Falta combinar com os russos, para que acreditem.
E nenhum russo haverá de acreditar que o Yamada 24 horas deixou de ser 24 horas porque passa por reformas – que ninguém sabe quais são e nem quando vão terminar.

Desde dezembro, 200 demissões
Mas haveremos de acreditar no Sindicato dos Empregados em Supermercados de Belém.
De dezembro até agora, o sindicato já apurou que cerca de 200 trabalhadores já foram demitidos do Yamada. O próprio sindicato admite que esse número de demissões é até aceitável, num período que vai do fim do período natalino até o início do ano seguinte.
Mas há outros sinais que podem indicar mais do que reformas misteriosas e mais do que demissões esperadas em dado período do ano.
No meio empresarial de Belém, não é mais segredo para ninguém que o Yamada tem problemas sérios problemas com a sua, digamos, grande sacada: o Cartão Yamada.
Em verdade, o Yamada tem com o seu Cartão Yamada um problema que vale milhões.
Milhões em ISS (Imposto Sobre Serviços), um tributo municipal.
Os milhões de problemas seriam de tal monta que o Grupo Yamada já teria cogitado transferir o endereço, o domicílio fiscal do cartão para outro Estado, mais provavelmente para Bauru, no interior de São Paulo, onde encontraria condições mais propícias para se manter.
E convém, é certo, ao Yamada fazer tudo e tudo fazer para preservar seu cartão.
Ninguém sabe ao certo qual a base do ativo do Cartão Yamada, que teria 1 milhão de portadores, segundo estimam alguns.
Mas não estará apostando no improvável quem apostar que as pendências do Yamada junto ao Município, a tentativa de levar o cartão para outro Estado e o desaquecimento da economia, sobretudo nos últimos seis meses, contribuíram para levar o Grupo Yamada a empenhar-se seriamente em encontrar alternativas que mantenham seu cartão a salvo das procelas na economia.

Parceria com JHSF naufragou na crise
Mas está sendo difícil para o Grupo Yamada.
E as dificuldades se expressam não apenas na redução do horário do Yamada Plaza, nos problemas que valem milhões com o ISS e na tentativa de preservar a higidez do Cartão Yamada como um excelente ativo, transportando-o de mala e cuia para outro Estado…
As dificuldades se expressam também na suspensão do shopping que os Yamada construiriam na Avenida Pedro Álvares Cabral, ao que se informa sem registro prévio na Secretaria de Urbanismo (Seurb) do Município.
O shopping (veja o estudo aí em cima), projeto do arquiteto Carlos Bratke, premiado e badalado e com obras assinadas em várias cidades, deveria ser um conjunto de edifícios que incluiria "day-hospital", apartamentos, hotel e shopping center, tendo em sua cobertura grande academia de ginástica. A área total do empreendimento seria de 250 mil metros quadrados.
As obras, que começariam no ano passado, ficaram apenas nas placas afixadas no local.
As obras seriam tocadas pela incorporadora e construtora JHSF, que atua predominantemente na área de empreendimentos de alto luxo, como o Shopping Cidade Jardim – aliás, belíssimo -, em São Paulo (SP).
A JHSF sofreu um baque violento nos últimos meses. O Relatório Reservado, em uma de suas edições no final do ano passado, informou que as ações da empresa em bolsa desvalorizaram nada men4os de 80%, o que mandou para a geladeira não apenas a construção do shopping dos Yamada, mas um megaempreendimento em Salvador (BA).
Diante de tudo isso, é melhor mesmo que o Grupo Yamada nem explique a seus milhares por que mudou tão radicalmente o horário de funcionamento de um dos seus maiores supermercados em Belém.
O ideal seria que explicasse.
Mas se não for para explicar direito ou se for para dizer que tudo não passa de falsos boatos – desculpa aí, Village -, então é melhor que o Grupo Yamada não explique.
Não deve explicar nem em português, nem japonês, nem em sânscrito.
Ou por outra, é melhor ficar em silêncio.
Mas este silêncio, saibam, é um silêncio que grita.
Em português, japonês ou sânscrito.
Ou até em outros idiomas.

9 comentários:

Antonio Carlos Pedreira disse...

Sou Morador da Pedreira e a Loja yamada funciona muito bem, o que não está bem, e precisa urgente ser combatido pelo grupo Yamada, é não deixar que camelos tomem de conta de uma vez por toda da frente da loja, onde os clientes que se dirigem para aquele supermercado, pois não estão mans nem podendo passar na Pedro Miranda, Fora esses camelos de obstruem as calçadas

Anônimo disse...

Qual o problema se a Plaza resolveu diminuir sua carga horária^, nesse caso melhor para os funcionários que ficam no último horário. E isso não significa que o grupo já está em crise.
Quanto ao empreendimento que iriam fazer, se a construtora faliu ou está quase, melhor para Yamada, que assim não iria se meter num rombo.

Anônimo disse...

O ASSUNTO é Macapá. O que aconteceu com YAMADA em Macapá? Na Lagoa dos Índios não resistiu, no bairro Perpétuo Socorro também não resistiu e a Yamada do Centro aparenta fragilidade pois até a escada so vive em pane. Compro em Belém, Ananindeua, Castanhal e em Macapá e por isso percebo a diferença. Alguém de Belém, por favor, SOCORRA a Yamada Macapá e não a deixe sozinha.

Simone Raiol disse...

Gostaria muito de oficializar uma reclamação ao grupo Yamada, alguém conhece o email que possa me ajudar, muito obrigada!!!

Poster disse...

Simone, infelizmente não sabemos.
Faça uma busca do site da Yamada no Google. Se encontra o site, provavelmente também encontrará um e-mail para contato.
Abs.

Anônimo disse...

YAMADA ICOARACI esta deixando a desejar,ta cada vez pior!!!nós moradores de ICOARACI não somos bichos,temos os nossos direitos..É FUNCIONÁRIOS q nos atendem com mal humor,os caixas q deveriam ser no máximo 3 no segundo andar e 3 no primeiro e falta de atenção dos vendedores,e o pior é um calor infernal!!!

Anônimo disse...

Talvez seje um exagero falar em falência, porém o grupo Yamada precisa urgente recrutar melhor seus funcionários que por muitas vezes são "mal educados" e apáticos. Entada-se aqui como apáticos pessoas sem iniciativa. Outro fator importante está na qualidade das mercadorias, principalmente no que tange os supermercados. Exemplifico aqui o da Pedromiranda que em pleno sábado há falta de carne e peixe. Abre o olho Yamada!

Márcia silva disse...

Olha as yamadas de castanhal uma ja fechou e a outra da BR que eram dois pisos, só está funcionando um piso!funcionários num desânimo que dá do e raiva!pouca mercadoria, a loja poderia dar um esclarecimento acho que os clientes merecem!

Resumos e Apostilas disse...

Não entendi até agora porque estão deixando uma loja tão boa como era a Yamada nesa situação...nem fecha e nem serve para nada... supermercados vazios, lojas vazias...até agora não sei qual é o esquema dos responsáveis por ela