O DEM, por meio de suas direções regional e nacional, está quieto, em silêncio, mas antenadíssimo ao caso que envolve o deputado Luiz Afonso Sefer, que responde a um inquérito policial na condição de suspeito de ter cometido abusos sexuais contra a menor S.B.G., atualmente fora do Estado, sob o abrigo de um programa de proteção.
O lance decisivo para definir a situação de Sefer no partido será a CPI da Pedofilia, em funcionamento na Assembléia Legislativa do Estado. Um eventual indiciamento do deputado e, em consequência, a abertura, pela própria AL, de um procedimento disciplinar de perda do mandato por quebra de decoro serão suficientes, mais do que suficientes, para a Comissão de Ética do DEM nacional agir.
E agirá rapidamente. O processo, na instância partidária, é sumário beirando o sumaríssimo.
O que pode acontecer?
Pode acontecer que Sefer seja indiciado pela CPI, mas que o processo de cassação do seu mandato não seja aberto pela própria Assembléia, que tem a possibilidade de amparar-se no corporativismo para não decretar a perda do mandato de um de seus membros.
Neste caso, segundo fontes asseguram ao blog, a Assembléia Legislativa, como instituição, sofreria um enorme, um imenso, um desgaste como poucas vezes se viu. Mas isso não impediria o DEM de agir. E, se agisse nessas condições, seria com base no relatório da Comissão que eventualmente indiciasse o deputado.
O deputado Luiz Sefer sabe, neste momento, que a CPI é absolutamente decisiva para suas pretensões de conservar seu mandato. Sabe ainda que até mesmo um eventual indiciamento no inquérito policial em curso e o posterior oferecimento da denúncia – que representa a abertura da ação penal – ainda lhe permitiriam ganhar algum tempo, porque a morosidade da Justiça é notória e, não raro, favorece aos réus, sejam quais forem.
A CPI, nesse sentido, será o primeiro fato concreto – e determinante – para que se defina a situação partidária de Sefer. A Comissão deverá encerrar seus trabalhos em no máximo 90 dias – já considerada a prorrogação -, provavelmente antes, portanto, de o caso envolvendo o deputado chegar ao âmbito judicial.
Nesse sentido é que a decisão tomada pelo próprio deputado, de licenciar-se de suas funções partidárias no final do ano passado, foi um caminho que serviu às duas partes: ao DEM, que assim não pareceu omisso em relação ao clamor inicial que as denúncias contra o parlamentar despertaram, e ao próprio Sefer, que deu uma demonstração de bom senso para, conforme ele próprio justificou, dedicar mais tempo à sua defesa.
A situação partidária do deputado Sefer o coloca, por tudo isso, inteiramente nas mãos – como também na cabeça e nos pés – da CPI da Pedofilia.
A CPI será, talvez, a única e grande partida decisiva de Sefer para conservar seu mandato.
Por que que não está preso? por que?
ResponderExcluirMano, quem molestou menores, agora terá prejuizos maiores.
ResponderExcluirA cada vez que mexem neste caso aparece mais outros... dizem que tem até prefeito da região metropolitana...
É verdade, Laurent.
ResponderExcluirOs prejuízos polítcos são enormes.
Talves irreversíveis.
Abs.
Todos os dias, desde de que iniciou o período legislativo, Sefer vai ao Plenário, coisa que nunca fez normalmente, antes da acusação de pedofilia. Estranho?
ResponderExcluirPois é, Anônimo.
ResponderExcluirIsso confirma que o deputado está atento, está de olho em todos os lances que se passam na Assembléia.
Porque é lá que serão jogados os lances decisivos para o seu mandato.
Abs.
se depender dos deputados, alguém duvida de que o corporativismo fala e falará mais alto?
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