quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Seminário discute o reflorestamento como bom negócio

Mesmo com todos os esforços no sentido de recuperar grandes áreas degradadas na Amazônia, o passivo ambiental da região ainda é muito elevado. Só no Pará, a área alterada chega à casa dos 200 milhões de hectares. Dessa forma, tem-se investido cada vez mais em técnicas de recuperação da flora, como é o caso do reflorestamento, processo que consiste no replantio de árvores em áreas anteriormente ocupadas por florestas e formações vegetais. Em todo o Estado, estima-se que existam, atualmente, 200 mil hectares de áreas reflorestadas, dos quais 90 mil com espécies nativas e 110 mil com espécies exóticas. A prática, portanto, configura-se como uma grande oportunidade de negócios para o Pará, dado o crescimento do parque siderúrgico no Estado; a necessidade de matéria-prima homogênea e em grande escala para a indústria madeireira e a pressão para proteção das matas naturais da Amazônia.
Foi pensando nisso que a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), através do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), e a Sotreq - revendedora autorizada dos produtos, serviços e sistemas Caterpillar nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste -, organizaram o seminário "O potencial e as oportunidades com o reflorestamento no Pará", que acontece nesta quinta-feira, dia 30, a partir das 9h, no auditório Albano Franco, da Fiepa. "O evento é um ponto de partida para capacitar as empresas paraenses a trabalharem com o reflorestamento a partir da utilização de novas tecnologias", explica o coordenador técnico do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), Evandro Diniz. Na ocasião, ele vai apresentar uma palestra baseada na publicação "Investimentos 2008-2012 - Oportunidades e Desafios", produzida pela Fiepa.
A expectativa do PDF e da Sotreq é receber um público composto principalmente por empresas dos ramos de construção civil, meio ambiente e reflorestamento; instituições de ensino e pesquisa; órgãos governamentais e entidades de classe do sistema Fiepa ligadas ao setor florestal. Eles conhecerão o que significa este mercado no Pará e as mais modernas técnicas de reflorestamento, a partir da utilização de equipamentos modernos, que contribuam na geração de valor para fornecedores e clientes, dentro dos mais altos padrões de qualidade e segurança para o trabalhador.

Produtividade é 30 vezes maior na área reflorestada
Um dos grandes benefícios do reflorestamento é sua elevada produtividade média, que hoje atinge 30 metros cúbicos por hectare ao ano, superando a produtividade da floresta nativa, que é de um metro cúbico por hectare ao ano, de acordo com pesquisas da Embrapa Amazônia Oriental. Isto significa que um hectare reflorestado resulta, em média, na proteção de 20 hectares de floresta nativa.
Isso acontece porque a mata nativa se modifica somente pela morte natural de árvores e outros componentes naturais, aleatoriamente. Já o reflorestamento, que pode ser feito com espécies de crescimento rápido, como eucaliptos e pinheiros, acaba oferecendo um retorno muito mais veloz, configurando-se como uma importante fonte de renda, além de gerar benefícios ambientais e contribuir para o declínio do êxodo rural.

Fonte: Assessoria de Imprensa do evento, a cargo da Eko Estratégias em Comunicação

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