quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Santarém do meu coração

Charge - Mariano


Trabalho para a Charge Online.

Entregar sete ministérios ao PMDB deixa o PT “aturdido”


 Petistas paraenses se confessam “aturdidos” com a possibilidade de vir a presidente Dilma Rousseff premiar o PMDB com sete – nada menos de sete – pastas na reforma ministerial que poderá ser anunciada nesta quinta-feira, no máximo na sexta.
Um deles confidencia ao blog que Sua Excelência precisa ir com menos sede, com menos gana ao pote de seus próprios desejos de contemplar o PMDB com o melhor quinhão da Esplanada, sob pena de fazer com que o PT, partido da própria presidente, se vire abertamente contra ela.
A nova configuração da reforma, entendem petistas consultados pelo Espaço Aberto, precisa ser considerada não propriamente no contexto da reestabilização da economia, mas da pacificação dos ânimos na cena política.
E reestabilizar a cena política, avalia um petista, significa remontar a base de sustentação do governo para tentar livrar a presidente Dilma de um processo de impeachment.

Mas Sua Excelência conseguirá concluir essa missão a contento?
Sabe-se lá.
Porque, depois da demissão de ministro por telefone, como aconteceu com o da Saúde, Arthur Chioro (na foto), tudo é possível.
Tudo.

J. Bosco lança "Planeta em Risco"



É hoje.
Todos lá, com J. Bosco.
"Planeta em Risco", seu novo livro que será lançado nesta quarta-feira, reúne cartuns ecológicos, com 86 desenhos coloridos, em papel reciclado, que abordam aquecimento global, desertificação, reciclagem, poluição e crise hídrica.
O apoio é de O LIBERAL e da RM Graph Editora.

A cara do bufão. Uma ameaça para o mundo.


Eis aí!
Eis a cara da mais nova ameaça para o mundo.
Eis a cara do bufão.
Um bufão que, com seus exotismos e suas histrionices, é capaz de chocar o mundo todo, expondo conceitos que indicam como seria uma gestão dele como presidente dos Estados Unidos.
O espécime que vocês veem aí já chamou as mulheres, por exemplo, de "porcas, cadelas e animais nojentos".
Agora, acusou uma coleguinha jornalista de lhe fazer uma pergunta mais incômoda porque ela estaria, como se diz, naqueles dias; ou no período menstrual, para usar o português de Portugal.
Donald Trump é o nome do bufão.
E segurem-se aí, porque, entre os republicanos, ele é no momento o favorito para disputar a presidência dos Estados Unidos.
Vish!

Veja quais são os deputados mais bem avaliados pelos jornalistas

Do Congresso em Foco

Para os jornalistas que cobrem o Congresso Nacional, são do Rio de Janeiro sete dos 11 melhores deputados do país: Alessandro Molon (PT), Chico Alencar (Psol), Jandira Feghali (PCdoB), Jean Wyllys (Psol), Glauber Braga (PSB), Miro Teixeira (Pros) e Benedita da Silva (PT). Completam a lista dois representantes do estado de São Paulo, Ivan Valente (Psol) e Luiza Erundina (PSB), e os deputados Maria do Rosário (PT-RS) e Mendonça Filho (DEM-PE).
Ao todo, 186 jornalistas de 45 veículos de comunicação (clique aqui para ver a lista) que acompanham as atividades do Congresso Nacional votaram nos  parlamentares que, a seu ver, melhor representam a população no Legislativo. Os profissionais de imprensa manifestaram suas preferências entre os últimos dias 8 e 10, por meio de urnas itinerantes, numa votação acompanhada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF).
Os cinco nomes mais votados serão divulgados apenas no dia 8 de outubro, na entrega do Prêmio Congresso em Foco 2015. Isso porque eles serão homenageados na categoria “Deputados mais bem avaliados pelos jornalistas”, na qual ficará com o troféu quem tiver recebido mais votos dos jornalistas.
Daí por que manteremos sob reserva o total de votos dos 11 deputados citados acima. Inicialmente, eram dez os finalistas, mas o número aumentou porque houve empate na décima colocação. Abaixo, você pode ver quantos votos receberam os demais deputados.
Nas edições anteriores do prêmio, os jornalistas especializados na cobertura do Congresso eram consultados antes da abertura da votação para o público, pela internet. Assim, eles faziam uma espécie de “filtro”, selecionando a grande maioria dos premiados. O público podia apenas acrescentar um nome em cada categoria disputada, além de definir a classificação final de todos os  parlamentares homenageados.
Como ocorre na votação pela internet, foram considerados inaptos para receber os votos dos jornalistas os deputados que respondem a inquéritos criminais ou ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF).
Divulgaremos amanhã os resultados da votação dos jornalistas para o Senado.
Prêmio Congresso em Foco 2015 é patrocinado pela Ambev e pela Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb).
Conta com o apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), da Associação Nacional dos Procuradores do Estado (Anape) e das quatro entidades que integram o Ciclo de Gestão do Poder Executivo Federal: a Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp), a Associação dos Analistas de Comércio Exterior (AACE), a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor), a Associação dos Servidores do Ipea (Afipea) e a Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape).
O projeto tem ainda a parceria institucional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e do site Vote na Web.


Clique aqui para veja a lista com o número de votos dos demais deputados

O que ele disse


"A forma como a presidente da República está distribuindo nacos de poder, como numa feira livre, distribuindo para quem der a melhor oferta áreas de tamanha relevância como o Ministério da Saúde sendo trocado por 20, 30 votos, o Ministério da Infraestrutura por outros 10 votos, é a negação de tudo o que o Brasil precisava estar vivendo. Essa era a oportunidade do retorno à meritocracia."
Aécio Neves (MG), senador, presidente nacional do PSDB e ex-candidato à Presidência da República, sobre a reforma ministerial em curso.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Fafá de Belém - Asfalto amarelo

Charge - Ivan Cabral


Trabalho para a Charge Online.

PMDB do Pará se inspira em Rosa, à espera da reforma


Sabem o Guimarães Rosa?
Sabem o Rosa (para os íntimos, é claro)?
Pois é.
Nestas horas de tormentosa expectativa de petistas e aliados governistas em relação à reforma ministerial, peemedebistas do Pará têm recorrido às tiradas do velho Rosa para, digamos assim, externar incertezas e ceticismos em relação ao que fará Sua Excelência a presidente Dilma, a nossa pata manca.
Um peemedebista que conversou com o Espaço Aberto definiu o cenário em que se processa a reforma ministerial como “tumultuado”, “incerto” e acabou confidenciando ao poster: “Eu estou igualzinho como dizia o Guimarães Rosa: “Eu quase que nada sei. Mas desconfio de muita coisa”.
O interlocutor avalia que uma das maiores dificuldades está no próprio PMDB: uma na Câmara, outra no Senado e outra que se faz representar pela própria direção do partido e tem como expoente máximo Sua Excelência o vice-presidente da República, Michel Temer.
Qual a intenção da presidente Dilma? Aproximar o governo da Câmara e do Senado, contemplando dois deputados e dois senadores com cargos de ministro.
A estratégia, politicamente, é correta. Isso porque Dilma precisa aprovar medidas duríssimas e impopularíssimas medidas, como é o caso da recriação da CPMF, e precisa ainda deixar sua retaguarda no Congresso muitíssimo bem guarnecida, diante da possibilidade de eventual processo de impeachment começar a tramitar sob a batuta de Eduardo Cunha, esse monumento vivo à boa ética.
O problema todo, reconhece o interlocutor peemedebista que conversou com o repórter, é conjuminar a miríade - ou quase isso – de interesses, principalmente do PT, que não aceita perder espaços no novo desenho ministerial.
Mas uma coisa é certa, na avaliação do peemedebista do Pará – dele e de vários outros companheiros de agremiação: a reforma, quando vier a ser anunciada, e seja lá quando for anunciada, será decisiva para adiar ou precipitar o rompimento do PMDB com o governo Dilma.
Se o partido se sentir justamente contemplado, romper continuará sendo uma possibilidade, que será avaliada mais à frente.
Do contrário: o rompimento poderá vir rapidamente. E muito antes do que pretendem até mesmo os defensores do rompimento agora e já.
A situação, de momento, é essa.
Só mesmo Guimarães Rosa para acalmar os ânimos.

Ou não.

O pôr do sol na Ponta do Cururu. Deslumbrante.


Pôr do sol é sempre um espetáculo.
Em Santarém, muito mais.
E na Ponta do Cururu, em Alter do Chão, três, quatro ou cinco vezes mais extasiante ainda.
As fotos, do Espaço Aberto, foram feitas no crepúsculo do último domingo, na Ponta do Cururu.
Para quem ainda não visitou esse recanto de belezas incomparáveis, ou para quem já conhece Alter do Chão, mas não foi ao Cururu, agende logo esse passeio.
Um passeio que é bom para os dois lados: para os espectadores, brindados com imagens deslumbrantes, como as que vocês veem acima e abaixo, e para os barqueiros, que faturam uma grana nada dispensável.
Para levar de quatro a cinco pessoas estão da Ilha do Amor – a famosa língua de praia que se estende em frente ao balneário -, os barqueiros estão cobrando em média R$ 70, nos dias de muita demanda, como domingo último.
Quando a frequência na ilha está um pouco mais baixa, o valor cai para R$ 60. E se você choramingar muito, fica até por R$ 40.
Mas fiquem certos: por R$ 40, R$ 60, R$ 70 ou R$ 80, ainda é muito barato para a maravilha que será vista.
Apanhe um bote por volta das 18h15 e se prepare para ver um espetáculo.
O que você vai ver é isto.
O sol se pondo no horizonte sem nuvens do Tapajós azul, plácido, sereno.
O sol se pondo imponente, com direito a palminhas de dezenas de pessoas que ficam na Ponta do Cururu, à espera de que ele seja engolido pela selva que recorta os horizontes em frente a Alter do Chão e da Ponta do Cururu.
Vale a pena.
Vale muitíssimo a pena.

Sobretudo – e como dizia Fernando Pessoa -, para as almas que não são pequenas.








Ronaldinho fora do Flu. Vamos comemorar?


Viram só?
Ronaldinho Gaúcho fora do Fluminense.
O contrato foi rescindido em comum acordo na noite deste segunda-feira.
O Espaço Aberto - como podem testemunhar seus leitores - sempre se opôs a essa contratação.
Opôs-se desde o primeiríssimo momento.
No dia 14 de julho, na postagem Ronaldinho Gaúcho no Flu: as "minas" que se preparem, o blog escreveu assim:

Fique bem claro: os tricolores esperam que o Gaúcho faça 1 bilhão de gols, dê assistência para outro bilhão e que volte a ser, no Fluminense, o melhor jogador do mundo.
Mas que o Fluminense fez um péssimo negócio contratando esse cara, isso é fato.

No dia 27 de agosto, em outra postagem, complementou o Espaço Aberto:

Já que o Fluminense ainda não se convenceu de que fez um péssimo negócio, contratando esse senhorzinho, ele próprio, o senhorzinho, poderia pedir para sair.
Deixando o Fluminense e o futebol, poderia encontrar mais tempo para passar o dia todo, todo dia, fazendo saliências (como diria Ancelmo Gois) com as minas.
Simples assim.
Só vê quem não quer.

Pois é.
Só não via quem não queria que esse cara não iria emplacar no Flu.
E o mais bacana está sendo, digamos assim, o fairplay do Fluminense.
Em sua página no Facebook, aparece essa foto aí em cima.
Mas obrigado ao Ronaldinho por quê, hein? Falem sério! Contem outra! Sem brincadeira.
E leiam o que torcedores do Flu escreveram, logo após a notícia da rescisão do contrato.
O blog assina embaixo do que cada um disse.
Tintim.



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Leiam mais sobre o assunto aqui no blog:

Ronaldinho Gaúcho: ele nunca nos enganou
Ronaldinho Gaúcho no Flu: as minas que se preparem
Ronaldinho Gaúcho cai no pagode: é só o começo
Ronaldinho Gaúcho no Flu? Ele quer mais é namorar.

Campanha contra a corrupção divulga agenda de mobilizações

A campanha Dez Medidas Contra a Corrupção, que teve mobilizações de coletas de assinaturas este final de semana no mercado do Ver-o-Peso e na praça da República, em Belém, divulgou a programação de suas próximas mobilizações:

Data: terça-feira, 29/09
Horário: das 9 às 13 horas
Local: Paróquia do Perpétuo Socorro

Data: quarta-feira, 30/09
Horário: 18 às 21 horas
Local: Basílica

Data: sexta-feira, 02/10
Horário: 09 às 13 horas
Local: Passarela do shopping Castanheira

Data: domingo, 04/10
Horário: 9 às 13 horas
Local: Praça Batista Campos

O objetivo é conquistar uma maior participação dos paraenses na coleta de assinaturas para projeto de lei de iniciativa popular que propõe penas maiores para os corruptos, entre outras melhorias no combate e na prevenção à corrupção.
As equipes de coletas de assinaturas são formadas por voluntários do Ministério Público Federal (MPF), autor das propostas, de movimentos sociais, como o movimento Vem Pra Rua, o Movimento pela Vida (Movida) e o Movimento das Mulheres do Brasil e de escolas.
O trabalho também conta a parceria das mais de 40 entidades apoiadoras da campanha no Pará, como o Ministério Público do Estado, Ministério Público de Contas, Ministério Público do Trabalho, Controladoria-Geral da União no Pará, Observatório Social de Belém, cartórios eleitorais, unidades da Defensoria Pública da União, da Justiça Federal, Justiça Estadual e da Polícia Rodoviária Federal, Maçonaria, instituições religiosas, organizações esportivas, sindicatos e universidades.
A campanha visa coletar 1,5 milhão de assinaturas de eleitores em todo o país. Até este domingo, 27 de setembro, já haviam sido contabilizadas 276 mil assinaturas, 4 mil delas no Pará.
Para participar da campanha, basta fazer o download da ficha de apoiamento no site da campanha (www.10medidas.mpf.mp.br), preencher a ficha, assiná-la e encaminhá-la a uma das unidades do MPF ou Ministério Público do Estado ou em uma das instituições apoiadoras. Os endereços do MPF estão no site da campanha.
Organizações e movimentos sociais por todo o Estado que quiserem promover coletas de assinaturas podem utilizar, para divulgar as propostas, o panfleto disponível em http://j.mp/panfleto10medidas. Caso o eleitor queira assinar a lista de apoiamento mas esteja sem o título eleitoral, basta que preencha o nome completo sem abreviaturas, nome completo da mãe sem abreviaturas, endereço e data de nascimento. A anotação do número de CPF é opcional. Mais informações podem ser obtidas na assessoria de comunicação do MPF, pelo e-mail prpa-ascom@mpf.mp.br.

Fonte: Assessoria de Comunicação do MPF no Pará

Festa de arromba


São Paulo, a metrópole mais importante do País, continua totalmente impotente quando uma ação orquestrada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), constituída por elementos de alta periculosidade, completou 22 anos, com pompa e circunstância e com cada vez mais tentáculos. A organização está mais fortalecida e mais estruturada, utilizando-se de tecnologia de ponta. O estouro do PCC já reverbera em toda São Paulo e também em todos os Estados da federação. O mago, ou vilão transformador costuma ser a tecnologia, força capaz de desestruturar e abalar as forças dos serviços da Inteligência do governo paulista.
E, não é de agora, eles vêm anunciando pelas trombetas dos arautos do fim do mundo, que são superiores às precariedades da Polícia Militar de São Paulo. Eles fingem-se de mortos ou a força publica paulista faz que não vê? Os profetas do admirável fim do mundo advogam que com as novas tecnologias turbinam a criatividade e escancaram o trabalho do PCC conduzido por mentes pervertidas a serviço do mal. O governo paulista proíbe a menção ao PCC e acha que com isso fará a facção desaparecer. Quanta ingenuidade! Quem não se lembra dos filmes e da série de livros infanto-juvenis Harry Potter, os bruxos bons acreditavam que não mencionar o nome do vilão Lorde Voldemort bastaria para mantê-los seguros. Mas Voldemort continuava lá, mesmo sem ser nomeado.
Os membros integrantes do PCC celebraram em 31 de agosto passado o aniversário da facção. A festa foi na Penitenciária Feminina de Sant’Ana, zona norte da capital paulista, foi regada a cocaína, muita maconha e cachaça. Tudo gravado em celulares usados dentro da unidade. Recentemente, foi exibido pela mídia, um vídeo mostrando um pavilhão de dois andares, com cerca de 200 detentas em festa sem nenhum agente prisional. Cada presa tem direito a cheirar uma parte da droga, que estava disposta sobre uma bandeja onde se lê “PCC 1533 22 anos”. Na quarta-feira, 2, outro vídeo expôs o Departamento de Narcóticos da Polícia Civil, responsável por combater o tráfico no estado. Nas imagens, um anão go go boy faz um strip-tease diante de delegados e agentes durante uma comemoração do aniversário de uma escrivã. Vexame total.
Enquanto a polícia de repressão passa vergonha, o PCC está mais organizado do que nunca. O organograma do PCC lembra aquele de uma empresa. Em formato piramidal, as principais lideranças ocupam postos conhecidos como “sintonias”. A cabeça da organização é chefiada pela “Sintonia Fina Geral”, composta de sentenciados considerados fundadores da organização criminosa, e pelo líder máximo, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. O líder do PCC costuma ordenar crimes sem imprimir suas digitais.
As penas somadas dos líderes passam dos 500 anos de cadeia, entre as “sintonias” mais importantes destacam-se a do “financeiro”. Aqui, só os com alto grau de confiança da cúpula. A arrecadação vem do tráfico das ruas, do que é comercializado nas cadeias. É o chamado Progresso 100%. Nas penitenciarias, uma parte deve ser encaminhada à organização. Quem está fora do sistema prisional é obrigado a cooperar com A Cebola (caixinha mensal) e deve arrecadar 650 reais de cada integrante solto. Há também as rifas. Cada membro tem de passar 20 rifas ao custo de 30 reais cada. A cada dois meses são sorteados apartamentos, casas, veículos (carros e motos). Quando não paga pode levar punição do integrante.
Para fazer parte, é necessária uma cerimônia de iniciação. Acredita-se que a ritualística tenha paralelo com aquela dos maçons. O “iniciado” tem que ter três padrinhos e passa a ser conhecido como irmão e a esposa ou companheira como cunhada. O PCC, estima-se, movimenta por ano 120 milhões de reais e mexe com muitos interesses. Na última crise com o Estado, em 2006, provocou 564 mortes. Segundo o depoimento de um delegado foi feito um acordo com Marcola e o governo para cessar os ataques. Os tucanos negam o acordo.

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SERGIO BARRA é médico e professor

O que ele disse


"Não é que seja irresponsável ou que não me comprometa com a administração da crise financeira ou que o PMDB vire as costas, mas o PMDB não está fazendo parte desse projeto [de governo] há muito tempo. Na real, essa tentativa de reintroduzir o PMDB no projeto é uma tentativa através de cargos públicos e não é a melhor forma de fazer. Mais ocupação de cargos ou menos ocupação de cargos jamais vai resolver as divergências de base que existem".

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, mandando ao governo Dilma um recado explícito de que seu partido não estaria comovido com mais cargos que deverão ser oferecidos na reforma ministerial que vem aí.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Kid Abelha - Como eu quero

Plenário aprova pena maior para motorista que matar sob efeito de álcool

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (23), o Projeto de Lei 5512/13, da deputada Gorete Pereira (PR-CE), na forma do substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que aumenta de dois a quatro anos para quatro a oito anos a pena de quem praticar homicídio culposo na direção de veículo sob efeito de álcool ou drogas. A matéria será analisada ainda pelo Senado.
O relator na CCJC, deputado Efraim Filho (DEM-PB), ressaltou que esse é um dos grandes temas do Legislativo nesse segundo semestre. “Esse projeto aumenta as penas para evitar a transformação de penas de quatro anos em pagamentos de cesta básica. Matar ao volante estando embriagado levará a pessoa à prisão”, afirmou.
O deputado disse que essa talvez seja a mais relevante medida aprovada pela Câmara dos Deputados no segundo semestre. Para ele, o projeto tem o mérito de punir crimes fatais com penas de reclusão e não mais com penas alternativas. “Quando se coloca que a pena será de no mínimo quatro anos e no máximo oito anos, o sentimento de impunidade vai acabar. Com a mudança, o motorista embriagado que matar alguém vai para a cadeia”, destacou Efraim Filho.

Sequelas
A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) disse que aumentar a pena é um dos mecanismos para haver condutores mais responsáveis. “Já fui enfermeira de cabeceira e sei o que é cuidar de vítimas de acidente e sei ainda das sequelas que ficam para a família”, disse.
De acordo com o texto aprovado, nesse e em outros casos, o juiz poderá determinar a substituição da pena privativa de liberdade pelas restritivas de direito se a pena aplicada for de até quatro anos. Assim, dependendo do juiz, se aplicada a pena mínima ela ainda poderá ser convertida em pena restritiva de direito.
As restritivas de direito podem ser, por exemplo, prestação pecuniária, perda de bens e valores ou prestação de serviço à comunidade.
O projeto prevê que o juiz fixará a pena-base dando atenção especial à culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do crime.

Índice de álcool
A deputada Gorete Pereira lamentou que um dos pontos de seu projeto original não tenha conseguido apoio na comissão. Para a autora, poderia ser liberado o nível de cinco decigramas de álcool no sangue, acompanhando os países mais desenvolvidos. “Entretanto, apesar da falta desses aperfeiçoamentos, apoio a proposta devido à alta quantidade de acidentes com pessoas embriagadas”, disse.
Já o deputado Hugo Leal (Pros-RJ), relator do projeto pela Comissão de Viação e Transportes, tranquilizou os deputados dizendo que não houve mudanças na pena para a prática do racha. “Houve mudanças apenas na definição dessa infração, sem mexer na pena”, afirmou.
O texto aprovado manteve a referência ao crime de racha apenas no artigo 308 do Código de Trânsito, que trata especificamente do assunto e prevê pena de detenção de seis meses a três anos se da prática não resultar em morte ou lesão grave, cujas penas são maiores.
Além da definição de racha como disputa, corrida ou competição não autorizada, o substitutivo aprovado inclui no conceito a exibição ou demonstração de perícia no veículo automotor sem autorização.

Lesão corporal
Quando o condutor alcoolizado ou sob influência de substâncias que alterem sua capacidade psicomotora causar, com o veículo, lesão corporal grave ou gravíssima, a pena será de reclusão de dois a cinco anos. O único agravante previsto atualmente no Código de Trânsito Brasileiro é de aumento de um terço da pena para casos de homicídio culposo se o agente não possuir permissão ou habilitação; praticar o ato em faixa de pedestres ou na calçada; ou deixar de prestar socorro à vítima do acidente.

As novas regras entrarão em vigor após 120 da publicação da futura lei.

Aposta na honestidade

Sibá reúne a sua tropa. “Se segura”, Dilma!

Sibá Machado: toque de corneta para arregimentar a tropa e causar novas complicações ao governo Dilma
Hehehe.
Depois, meus caros, quando aqui se diz que o maior adversário do governo Dilma é opróprio governo Dilma, ou mesmo aliados governistas em constante estado de desnorteio e exasperação, pois quando se diz isso aqui no Espaço Aberto, muitos acham que é exagero.
Mas não é.
Cliquem aqui.
Quando clicarem, vocês vão ler em detalhes este monumento à sensatez, o líder do governo na Câmara, deputado Sibá Machado (AC-PT), convocando a tropa – ou aquilo que resta dela – para defender a demissão, de uma vez só e de uma só vez, de ninguém menos do que três ministros – Aloizio Mercadante, José Eduardo Cardozo e Joaquim Levy.
Acreditem, mas é isso mesmo.
Sibá e sua tropa precisam se convencer do seguinte: eles devem, o quanto antes, cair na real e tratar, isso sim, de criar o mínimo de complicações possível para o governo. Do contrário, cairão todos juntos – Dilma, o PT, os três ministros, Sibá Machado e o restante da tropa.
Enquanto Sibá e companheiros não se convencerem disso, os maiores adversários do governo Dilma continuarão a ser os aliados do governo Dilma.

Ou não?

Momentos de quase pânico no voo TAM 4766, rota Manaus-Belém

Passageiros do voo 4766 da TAM que decolou de Manaus para Belém, por volta das 16h15 da última segunda-feira (21), viveram momentos de pavor, quase beirando o pânico.
Entre os passageiros estava uma leitora do Espaço Aberto, que voltava da capital amazonense acompanhada dos pais e de uma sobrinha de cinco anos de idade.
Ela contou ao blog que o céu, como se diz, era de brigadeiro - limpo e sem nuvens. Mas cerca de 40 minutos após a decolagem, quando a aeronave já se encontrava mais ou menos sobrevoando o município de Santarém, uma turbulência súbita e fortíssima, que durou mais ou menos uns 30 segundos, fez muitos alguns passageiros a bordo quase gritarem quando o avião se desestabilizou.
A turbulência, de acordo com a passageira, foi tão forte e inesperada que um dos comissários viu-se forçado a sentar no chão, enquanto se agarrava ao carrinho de lanche, já que não teve tempo e nem condições de buscar uma cadeira para proteger-se com o cinto de segurança.
Quando passou a turbulência, os passageiros, segundo a leitora, não receberam qualquer explicação da cabine através do serviço de som.
Mas a passageira diz ter ouvido do comissário que a turbulência teria sido causada por uma aeronave de grande porte que, naquele momento, fazia rota internacional não revelada e que, ao cruzar com o voo da TAM, deslocou uma massa de ar tão grande que afetou a estabilidade do voo 4766.
A ser verdade a versão do comissário, que disse tê-la ouvido do comandante da aeronave, terá sido estranho, muitíssimo estranho, que tal fato tenha ocorrido mesmo que ambos os aviões seguissem corretamente suas rotas, em observância estrita aos parâmetros estabelecidos nos protocolos de segurança de voo.
Ou terão os aviões se aproximado além do que deviam? Sabe-se lá o que ocorreu. Mas tudo indica que o ocorrido não estava dentro do esperado e da normalidade, porque o comandante, repita-se, não deu um pio sequer.
Nem mesmo para sugerir à equipe de comissários que servissem - gratuitamente, vale dizer - água com açúcar para acalmar passageiros aturdidos com o que acabara de acontecer.

Fila para trocar ingresso do show do A-ha está dobrando quarteirão


Pelo menos 50 pessoas estavam acampadas desde o inicio da madrugada desta sexta-feira, na porta da Bis Promoções e Eventos, na Braz de Aguiar com a Rui Barbosa, em Nazaré, para adquirir ingressos que lhes darão o direito de assistir ao show que a banda norueguesa A-ha vai fazer no município de Paragominas, sudeste do Pará, dia 3 de outubro vindouro.
O poster, que passou pela porta da Bis por volta da 0h30 de hoje, pôde ver os fãs da banda sentados em cadeiras ou mesmo na calçada. Preparavam-se para varar a madrugada ali, à espera do início da venda de ingressos, que, em verdade, será uma troca por kits de material escolar.
Os kits serão doados a milhares de crianças atendidas pelos projetos Caseca e Juquinha, em Paragominas, Abraçando Melgaço e Natal D'Água, entre outros. Para obter o ingresso, o fã deve doar um kit de material escolar, novo e sem avarias, sendo limitada a retirada de dois ingressos por CPF. Não será permitida a utilização de CPF de terceiros e será necessária a apresentação de documento oficial com foto no momento da troca. O regulamento completo para a troca de ingressos está disponível no site da Hydro.
O trio norueguês foi contratado para realizar um show fechado para funcionários da empresa Hydro, que vai celebrar 110 anos de fundação. Diante da grande repercussão junto aos fãs paraenses, no entanto, a organização do evento decidiu abrir o show para o público em geral.
A ação de troca será realizada hoje, amanhã e segunda-feira, na sede da Bis. Em Paragominas, a troca será no período de 25 a 30 de setembro, na sede do Clube Bancrévea (Rodovia PA-125, km 15). O atendimento pode ser encerrado antes se esgotarem os ingressos disponíveis.
E diga-se o seguinte: assistir ao A-ha cantar uma música como Crying in the rain já paga qualquer ingresso. Qualquer um.

ATUALIZADO ÀS 10H30:

O poster voltou a passar por lá, há pouco.
A fila, pela Rui Barbosa, já está quase na Gentil.
Desse jeito, vai acabar chegando a Paragominas.
Hehe.

Datena quase implora para ser morto. Mas é só exibicionismo.


 Assustador.
Simplesmente assustador.
José Luiz Datena (na foto), esse herói do comedimento, do recato e da moderação, sempre assusta.
Quando está calmo – calmíssimo, para dizer melhor -, Datena invade estúdio da própria emissora em que trabalha para sentar a pua, ao vivo e em cores, em colegas que o contrariarem por causa de inofensivos comentários.
Quando não está muito calmo, Datena é capaz de ir muito além.
É capaz, praticamente, de imolar-se, de dar um tiro nas próprias fuças para passar como o herói que tombou morto por boas causas, entre elas o seu jornalismo imparcial.
Datena, em seu programa desta quinta-feira, apresentado no início da noite pela Band, estava quase a este ponto: de imolar-se ao vivo.
Várias vezes, disse que apenas morto é que poderão calar sua voz.
Disse que não está nem aí se derem um tiro nele.
Vociferou dessa forma em vários momentos durante o programa.
Deu um show.
Um show de exibicionismo.
Pensei, por momentos, que Datena iria chamar os comerciais, faria um número dois (mais conhecido por fazer xixi), cuspiria para o lado e, na volta, obrigaria de arma em punho que o câmera o matasse a bala.
Mas não.
O cara falou, falou e falou.
Depois, os telespectadores lembraram-se: é que Datena é pré-candidato a prefeito de São Paulo.
Hehehe.
Que tal Datena prefeito?
Que tal?

O que ele disse


"A família foi essencial para construir esse país. E merece todo nosso apoio e encorajamento. Mesmo assim, não oculto minhas preocupações quanto à família, que está ameaçada, talvez como nunca antes, do lado de dentro e do lado de fora."

"Estou convencido de que este [a abolição da pena de morte] é o melhor modo, já que toda vida é sagrada",

"Agora há esta grande onda de imigração latina em muitas de suas dioceses. Talvez não seja fácil para vocês lerem suas almas; talvez sejam submetidos à prova por sua diversidade. Em todo o caso, saibam que eles também têm recursos para compartilhar. Portanto, os acolham sem medo"

"Eu sei o quanto os fez sofrer o ferimento dos últimos anos, e tenho acompanhado de perto seu generoso esforço para curar as vítimas [menores que sofreram abusos sexuais], consciente de que, quando curamos, também somos curados, e por continuar a trabalhar para garantir que esses crimes não se repitam mais."


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Camila Honda - Depois que a Chuva Passar

Câmara proíbe multa sobre pagamentos vencidos no fim de semana

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 2347/07, do deputado Augusto Carvalho (SD-DF), que proíbe a cobrança de multa por atraso nos boletos bancários que vencerem em fim de semana ou feriados, desde que sejam quitados no primeiro dia útil subsequente.
A proposta seguirá agora para análise do Senado, exceto se houver recurso para que passe antes pelo Plenário da Câmara.
O texto altera a Lei 7.089/83, que já proíbe a cobrança de juros de mora em títulos de qualquer natureza cujo vencimento ocorra em sábado, domingo ou feriado. Mas como a legislação em vigor não incluiu a proibição da cobrança de multas, os bancos podem hoje usar desse artifício para ampliar o valor da conta, prejudicando assim o consumidor. A multa por atraso é de 0,33% ao dia, até o limite de 20% do valor do título devido.
Greves
Assim como ocorreu na Comissão de Finanças e Tributação, o relator na CCJ, deputado Paes Landim (PTB-PI), discordou da necessidade de haver na proposta a vedação de multas e juros no caso de os boletos serem entregues ao destinatário com atraso, em razão de greves nos Correios, ou por impossibilidade de pagamento, em virtude de paralisações da rede bancária.
"Uma norma jurídica não pode, por definição, regular situações particulares. A ausência de título ou documento de pagamento, em virtude de greve, não desobriga o devedor de pagar sua obrigação no vencimento estipulado", argumentou Landim.

Charge - Son Salvador


Charge para O Estado de Minas.

PMDB do Pará vive tensão máxima com a reforma


Não está sendo fácil para peemedebistas do Pará administrarem as próprias tensões diante da reforma ministerial que está, como se diz, em fase de aviamento.
Há peemedebista sem mandato que, nesta quarta-feira, não desgrudava do telefone, nem por um minuto que fosse, à espera de novos lances que indicassem como ficará a situação de Helder Barbalho, que atualmente comanda o Ministério da Pesca.
Mas a situação dele não é mais segredo para ninguém.
Dilma resolveu acabar com a pasta da Pesca, fundindo-a com a da Agricultura. É quase certo que Kátia Abreu (na foto) comande o novo ministério.
Incógnita mesmo é o que fará Dilma com os ministros que sobrarem na reforma ministerial.
Nesse sentido, ninguém sabe para onde Helder vai. Ou nem mesmo se vai para algum cargo no segundo escalão.
Padrinhos não têm lhe faltado.
Um deles, ninguém menos de Michel Temer, o vice-presidente da República, já pediu a Dilma para aproveitar Helder Barbalho em algum cargo de relevo no segundo escalão.
Mas sabe-se lá se o vice-presidente vai ser atendido.
Até porque, como é de sabença geral, se Temer não fosse o vice de Sua Excelência, já tinha sido despedido do governo há muito tempo.
O certo é que, enquanto as coisas não andam e nem desandam, peemedebistas daqui vão ficando com calos nos ouvidos.
De tanto que telefonam.

Helenilson deixa a Secretaria de Educação


A saída de Helenilson Pontes da Secretaria de Estado de Educação, consumada nesta quarta-feira, após conversa dele com o governador Simão Jatene, não causou surpresa aos que conviviam mais proximamente com o titular da Seduc.
Aliás, pessoas próximas a Helenilson comentam com o Espaço Aberto que ele, quando assumiu a Secretaria de Educação, sabia do pepino, do abacaxi que enfrentaria.
Um pepino e um abacaxi talvez muito maiores do que aqueles que foi obrigado enfrentar quando assumiu a chefia do Executivo estadual por alguns meses, no ano passado.
Nos últimos meses, o então secretário vinha encontrando falta de respaldo político suficiente para implementar reformulações indispensáveis na Seduc.
Tudo isso, somado a questões de ordem familiar, acabou convencendo Helenilson de que era melhor sair. Pelo bem do governo, dele mesmo e de sua família - não necessariamente nessa ordem.
E foi o que Helenilson fez.

Um exagero, um absurdo. Com gosto de abacaxi.


Estão vendo aí em cima?
É inacreditável.
Cláudia Leitte vai embolsar cachê de R$ 370 mil para ser a estrela do Festival do Abacaxi, em Barcarena.
O dinheiro será pago, claro, pelos barcarenenses. Inclusive pelos que não aceitam uma absurdez como essa.
Em tempos de prefeituras chorando à míngua, de prefeitos em marcha a Brasília para defender a descentralização de mais recursos para os municípios, de economia andando para trás, em tempos assim, portanto, despender R$ 370 mil de cachê é demais, não é?
É, como diríamos, um despautério.
Nada contra o festival, uma das tradições de Barcarena.
Mas tudo contra a insensatez da gestão municipal.
Tudo contra.

Por que, afinal de contas, ir de carro? Por quê?


De leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Belém quer ser uma Copenhague. Pois vamos pedalar.:

Precisamos sair do comodismo. 
O preço do combustível está caro, os comerciantes não possuem estacionamentos, as ruas - corretamente - também. 
Então: por que eu irei à feira de carro? Por que eu irei à missa/culto de carro? Por que eu irei ao shopping/cinema de carro? Por que eu irei à casa de parentes de carro?
É esse exercício mental que o belenense precisa fazer. 
Até porque as distâncias para quem mora nos bairros centrais de Belém dificilmente ultrapassam 4 km dos seus destinos de trabalho, lazer...

Por que não se criar a CPMJ?


FRANCISCO SIDOU

A presidente Dilma ameaça criar novos impostos, após o fracasso na tentativa aloprada de se "exumar" a CPMF, projeto abatido na "incubadeira" do sinistro Levy, por falta de apoio político e popular. Tudo esse esforço concentrado para cobrir o rombo nas contas públicas, criado pelo próprio governo na sua longa maratona de gastança irresponsável, como se os cofres públicos fossem uma fonte inesgotável, blindada contra saques e assaltos.
Dilma precisaria aprender com qualquer dona de casa que quando se gasta mais do que se ganha ou arrecada, a crise se instala, exigindo sabedoria e economia nos gastos não essenciais. As donas de casa conseguem equilibrar as finanças domésticas. Por que o governo não consegue cortar gastos não essenciais, como, por exemplo, os cartões corporativos (R$ 30 milhões, em média, por mês) , pelo menos 19 dos 39 ministérios e as mordomias de ministros, parlamentares e juízes, os 22 mil cargos comissionados de servidores não concursados, as viagens de ministros e servidores para o exterior , entre outros?
O perigo de se taxar o consumo com novos impostos e aumentar as alíquotas dos já existentes, como ICMS e Confins, é provocar uma quebradeira geral no comércio e na indústria, com a retração dos compradores, provocando demissões em massa, em perverso efeito dominó da crise instalada. Por que ninguém se lembra de taxar uma atividade "ilegal", mas que se pratica abertamente em todo o Brasil, que são os "jogos de azar"?
Os bingos eletrônicos, por exemplo, proibidos por Lei, estão "bombando" diariamente promovidos pela Caixa Econômica Federal, órgão do governo federal. Outros bingos existem em funcionamento clandestino, aqui e alhures, enquanto o "jogo do Bicho" campeia solto em bancas instaladas em todas as esquinas do Brasil. Só os jogos patrocinados pela Caixa movimentam em média valores de R$-50 milhões por dia. Desse total, apenas 30% são destinados a premiações. Os restantes 70% têm uma destinação meio difusa/confusa, sabendo-se apenas que 20% ficam na própria CEF, a título de Encargos e Taxas de Administração e 13% de Imposto de Renda. O restante de toda essa dinheirama se dilui em várias destinações em percentuais de zero alguma coisa.
Taxar bebidas, fumo e jogos é uma alternativa para arrecadar mais dinheiro, penalizando apenas os que bebem, fumam e jogam e não toda a população brasileira, como ocorre com a CPMF, que estão querendo ressuscitar.
As restrições à legalização de jogos no Brasil são de variada ordem, em nome da moral e dos bons costumes. Ocorre que manter a jogatina na clandestinidade em nome de tais valores só tem servido para favorecer o enriquecimento de "bicheiros" e a corrupção do aparelho policial, que costuma fazer "vista grossa" em troca de gordos "pixulecos".
Os jogos de azar estão proibidos oficialmente no Brasil desde 1946, através de Lei sancionada pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, lei que continua valendo até hoje. Na época, a proibição ocorreu, principalmente, por influência e pressão da igreja. Desde então, casas de jogos que passam pelo bingo às máquinas de caça níqueis, são fechadas, mas logo depois reabertas, clandestinamente. No entanto, o gosto popular pelos jogos só tem feito aumentar.
Os menos abastados jogam no bicho, e os mais privilegiados viajam em jatinhos para jogar em cidades como Punta Del Leste, Las Vegas ou em cruzeiros pela Europa, levando para o exterior recursos que poderiam ficar por aqui e ajudar na recuperação dos hospitais públicos e na melhoria do atendimento à saúde da população nas UPAS e nos postos do SUS.
Estima-se que os jogos clandestinos, como bingo e jogo do bicho, movimentem cerca de R$-50 milhões por dia em todo o Brasil. Não estão aí computados as movimentações financeiras dos jogos eletrônicos promovidos pela Caixa Econômica Federal, também em torno de R$ 50 milhões diários.
Sílvio Santos também acumula riquezas com sua tele-sena, que nada mais é que um bingo eletrônico. Então, já se faz a hora de acabar com essa hipocrisia e se legalizar os jogos no Brasil, com taxação mínima de 30% sobre todas as movimentações financeiras , incluindo os bingos eletrônicos já praticados em larga escala pela CEF, além do secular jogo do bicho, que tem notórias ligações com o submundo do carnaval e do futebol.
Por que não se criar, então, a Contribuição Provisória sobre as Movimentações Financeiras em Jogos (CPMJ) no Brasil ?

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FRANCISCO SIDOU é jornalista
chicosidou@hotmail.com

O que ele disse


"No fundo, o que se espera é que processos saiam de Curitiba e não e não tenham a devida sequência em outros lugares. É bom que se diga em português claro"
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, votando contrariamente ao fatiamento dos processos relativos à Operação Lava Jato.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Olhares pela lente

Belém na placidez da madrugada.
As fotos são do Espaço Aberto.



CNJ aprova propostas que reduzem previsão de gastos para 2016

O Conselho Nacional de Justiça aprovou na sessão ordinária desta terça-feira (22/9) diversos pareceres favoráveis a propostas orçamentárias do Judiciário da União para 2016. As proposições reduziram a previsão de gastos em relação à Lei Orçamentária de 2015, especialmente na área de projetos, readequando as previsões ao atual cenário econômico e diminuindo o impacto no Orçamento da União.
“Vivemos um momento econômico delicado, temos que prestar atenção em propostas de aumento de orçamento e de criação de cargos”, disse o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski. “Temos que passar um pente fino, mesmo nos pareceres que vêm da área técnica, para ver se os cargos realmente são necessários à luz do momento em que estamos vivendo.” 
O plenário analisou seis propostas orçamentárias apresentadas pelo Superior Tribunal de Justiça, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, pela Justiça Federal, pela Justiça do Trabalho, pela Justiça Eleitoral e pela Justiça Militar da União. Os conselheiros seguiram os argumentos técnicos favoráveis apresentados pelo Departamento de Acompanhamento Orçamentário do CNJ, observando que os valores estavam em conformidade com a legislação vigente, em especial a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Reduções e aumentos
Duas das propostas conseguiram reduzir a previsão de gastos gerais em relação à Lei Orçamentária Anual de 2015 - STJ e a JMU apresentaram queda de -3,65% e -1,06%, respectivamente. As demais apresentaram aumento de até 7,17%, variação registrada pela Justiça do Trabalho. Os cortes mais significativos foram registrados na área de projetos, com redução de até 92,41%, observada na aba “Outros Projetos” da Justiça do Trabalho.
Em todos os casos, a maior previsão de verba (entre 63,13% e 81,18%) é destinada a gastos com pessoal e encargos sociais. O menor percentual é reservado a investimentos, variando entre 1,56% e 4,20%. Os órgãos também apresentaram propostas variadas para despesas futuras com provimento de cargos, cuja criação foi proposta em projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional.
Carreiras e remuneração
As seis propostas orçamentárias não apresentaram dotações individualizadas para reestruturação de carreiras e revisão de remuneração. Para essas despesas, foi incluída uma reserva de contingência conjunta no valor de R$ 1,85 bilhão para o Judiciário. Essa dotação resultou das negociações entre os Poderes Judiciário e Executivo e tem o objetivo de dar suporte à aprovação de dois projetos de lei em trâmite no Legislativo.
O PL 2.648/2015 corresponde ao reajuste dos cargos comissionados, da extensão do adicional de qualificação aos técnicos judiciários e da implantação de duas das oito parcelas semestrais do reajuste previsto na remuneração básica e na gratificação dos servidores. O PL 2.646/2015 dispõe sobre subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, e corresponde ao impacto do reajuste de 5,5% no valor do subsídio.
Crédito adicional
Também foi aprovado parecer favorável a crédito adicional de R$ 150 mil para o orçamento de 2015 solicitado pelo Tribunal Superior do Trabalho, com a finalidade de quitar pendência referente à restituição de valores recolhidos ao Montepio Civil da União por servidor vinculado ao tribunal.

Charge - Jarbas


Charge para o Diário de Pernambuco.

Voltamos. Em duas semanas, até o dólar fez história.


Voltamos, meus caros!
É isso mesmo.
Aos leitores – vários, registre-se – que perguntavam por que a ausência do Espaço Aberto por umas duas semanas, responda-se: falta de tempo do poster, assoberbado por atividades profissionais múltiplas e intransferíveis.
Duas semanas é muito tempo?
Depende.
Nas circunstâncias atuais, pode até ser.
Há duas semanas, por exemplo, o dólar ainda patinava na casa dos R$ 3.
Ontem, foi fechou a R$ 4.0538.
Vish!
Mas estamos por aqui.

E vamu nóis, como se diz.

O dia do corte nos mistérios. Vai adiantar?


Peemedebistas que ancoram aqui pelo Pará estão num pé e noutro, à espera do anúncio da reforma ministerial que deve ser feita hoje pela presidente Dilma Rousseff.
A expectativa, em resumo resumidíssimo, é a seguinte: a esta altura do campeonato, extinguir ou fundir ministérios de pouco ou nada vai adiantar para a sobrevivência política de Sua Excelência a presidente Dilma.
Por que alguns peemedebistas pensam assim?
Porque entendem que as dimensões da crise e a falta de credibilidade do governo suplantam qualquer esforço como esse, que, se algum efeito tiver, será apenas o de complicar ainda mais o que já está muitíssimo complicado.
Por isso, avaliam alguns interlocutores do PMDB que razão assiste, integralmente, ao vice-presidente da República, Michel Temer, que já foi pessoalmente à presidente Dilma e disse-lhe que o mais sensato, nesta hora, seria adiar essa reforma, porque poderá avolumar as insatisfações entre os partidos que ainda dizem pertencer à base aliada.
Mas Dilma, como se sabe, alegou a Temer que agora não pode mais recuar na decisão de enxugar a máquina, eis que a medida vem sendo amplamente anunciada nas últimas semanas.
E agora?
Agora, diz um peemedebista, salve-se quem puder.
É assim!

Mordomias, filé, salão de beleza. É hora de cortar.


De leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Petistas já não sabem o que fazer após o rebaixamento:

Desculpe, mas há muitíssimo o que fazer para cortar despesas.
Que tal reduzir mordomias palacianas? Tipo passar do filé para o frango? Tipo reduzir serviços de salão de beleza? Tipo cancelar contratos de floristas, restaurantes, etc.?
Que tal fiscalizar pra valer o INSS, repleto de aposentadorias piratas? Que tal fiscalizar a bolsa defeso, que tem até pescador-doutor? Que tal reduzir o número de ministros e seus carros de representação, suas contas de gasolina, suas passagens aéreas e que tais? Que tal revisar os contratos, deixando apenas os indispensáveis? Que tal exigir cumprimento de prazos?
Essas coisas parecem pequenas demais para um governo? Não são. Sobretudo são exemplo de austeridade que poderiam dar moral para cortar as despesas que estão fora da alçada do Executivo.