terça-feira, 29 de setembro de 2009

Deputado denuncia "desgoverno" em Marabá

O deputado João Salame (PPS) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na sessão desta terça-feira (29) para denunciar a “situação caótica” do município de Marabá. Denunciado à Justiça Eleitoral, o prefeito Maurino Magalhães não é encontrado pelos oficiais de justiça para ser notificado por suposto crime de caixa 2 nas eleições de 2008. “O prefeito não pára em Marabá e o município está desgovernado”, protestou Salame.

O deputado explicou que os empresários que financiaram a campanha de Maurino Magalhães denunciaram, apresentando provas contundentes, o desvio de cerca de R$700 mil para a formação de caixa 2.

O deputado complementar ter recebido informações de que, apesar de ter recebido as contas em dia e dinheiro em caixa, a administração de Maurino já deve cerca de R$10 milhões de reais.

“Cresce na cidade o boato de compras de casas, carros de luxo, fazendas e até emissoras de rádio e TV por parte das autoridades municipais”, denuncia o deputado, “enquanto isso os fornecedores estão sem receber e a prefeitura quer tomar emprestado cerca de R$7 milhões”. Salame também denuncia a situação da merenda escolar, que foi privatizada e está sendo rejeitada pelos alunos pela falta de qualidade, enquanto o gasto mensal saltou de R$600 mil para R$1,6 milhão.

“Não bastassem todos esses desgovernos, agora não temos mais a presença física do prefeito”, afirmou Salame. O deputado disse que logo no início da administração se colocou à disposição do prefeito, mas ele preferiu outro caminho, se aliando a grupos de Palmas, São Paulo e outras localidades em torno de negócios nebulosos. Em aparte, a deputada Bernadeth Ten Caten (PT) concordou com o sumiço do prefeito: “há semanas tento marcar uma audiência com o prefeito para tratar do programa Minha Casa, Minha Vida, mas não consigo agenda”. Ela também lamentou a privatização da merenda em Marabá e denunciou a situação “absurda e desumana” do hospital municipal.

Salame lembrou que os dois deputados têm autoridade para falar sobre o assunto pois, juntos, obtiveram 51% dos votos nas eleições municipais de 2008. “Infelizmente, conseguimos tirar Marabá do fosso em 1993 e agora assistimos, pesarosos , o município fazendo o caminho de volta. Justamente nessa fase da siderúrgica, que Marabá poderia aproveitar para crescer”, lamentou o deputado, concluindo: “o sonho está se tornando um pesadelo, o município está literalmente quebrado”.

 

Fonte: Assessoria Parlamentar de João Salame

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