quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Exame em índia dá negativo

No AMAZÔNIA:

O resultado do exame da paciente indígena que morreu aos oito meses de gravidez, na manhã da última segunda-feira, na Santa Casa de Misericórdia do Pará com os sintomas da nova gripe deu negativo, segundo o Instituto Evandro Chagas (IEC). O resultado foi informado no final da tarde de ontem e, de acordo com a diretora do órgão, Elisabeth Santos, pode ter sido comprometido devido à coleta do material ter acontecido somente no 10º dia após o aparecimento dos primeiros sintomas. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) questiona o atendimento da paciente, que chegou à Santa Casa no último sábado (8), onde fez uma cesariana para a retirada do bebê, e não teve nenhum material coletado para exames.
Segundo Elisabeth Santos, do IEC, o fato de o teste da índia Anambé para o H1N1 ter sido negativo não significa que ela não tenha sido infectada, já que a coleta do material utilizado na análise feita pelos pesquisadores foi feita fora do período apropriado. 'A negatividade deste caso é complexa, pois além do material ter sido coletado no décimo dia, o que nos dá uma probabilidade quase nula de encontrar a presença do vírus, não conhecemos o quadro clínico da paciente. Não sabemos se ela tem vínculo epidemiológico', observou a diretora.
Elisabeth Santos informou que o IEC deu início a novos testes para descobrir a presença - ou não - do H1N1 ou de outros vírus, o que começou a ser feito ontem mesmo a partir de um pedaço de pulmão da índia. O resultado das análises só deve ser conhecido amanhã.
Ana Pantoja Anambé tinha 22 anos e morava em uma aldeia indígena do Moju, na região do Baixo-Tocantins. Ela era asmática e apresentava febre alta e tosse, quando procurou atendimento da Unidade de Saúde da aldeia no último dia 3, e, depois de examinada e medicada, voltou para casa. No dia seguinte, uma enfermeira foi até a casa da indía para saber se ela havia melhorado. 'Ao chegar na casa da paciente, a enfermeira a encontrou com febre alta e dificuldades para respirar. Então, no dia 5, a enfermagem providenciou a ida da paciente até o município de Baião, onde ela ficou até sábado, dia 8, teve a primeira parada cardíaca. Em seguida, ela foi trazida até Belém, onde foi atendida na Santa Casa de Misericórdia', informou a assessoria de imprensa da Funasa.
Ainda segunda o órgão, Ana Carla foi recebida na Santa Casa na tarde do dia 8, um sábado. Ela faleceu às 11h de segunda-feira (10) sem fazer nenhum exame. 'Nenhum médico ou enfermeiro coletou sangue ou qualquer outro material para a realização de exames', diz a assessoria da Funasa.

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