sábado, 1 de novembro de 2008

DRT liberta trabalhadores em fazenda paraense

No AMAZÔNIA:

Cinco trabalhadores rurais foram encontrados em situação de trabalho degradante em uma fazenda de São Félix do Xingu, sudeste paraense. A operação do Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego multou o proprietário da fazenda em R$10 mil por empregado.
De acordo com a fiscalização, o grupo consumia água proveniente de uma represa, que era utilizada, também, por animais selvagens e o gado da propriedade, aumentando os riscos de contaminação dos trabalhadores. A operação também flagrou que os trabalhadores residiam em instalações precárias, sendo levados a fazer suas necessidades fisiológicas no mato e a cuidar de sua higiene pessoal num córrego próximo às casas e ao barraco.
Nenhum equipamento de proteção individual foi fornecido para a realização das tarefas e os vaqueiros eram obrigados a pagar por perneiras, selas, estribos, esporas, cutelos, arreios, dentre outros equipamentos necessários ao desempenho de suas funções.
Entre os empregados resgatados, três estavam sem registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social. Havia um trabalhador residindo em um pequeno barraco de lona e palha, piso de chão natural, de um cômodo apenas, com uma cama improvisada de toras de madeira e um colchão sobre as mesmas. Duas famílias residiam em casas de unidade sanitária. Além disso, eles não possuíam local adequado para preparo das refeições. Alguns trabalhadores já haviam manifestado interesse em ir embora, mas, segundo a proprietária da fazenda, eles tinham débitos a ser quitados, portanto, configura-se a servidão por dívida.

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