quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A mediocridade dos debates

De um Anônimo, sobre a postagem Debates entre candidatos sem avaliação:

Quer saber mesmo de uma coisa, caro poster?
Você não está perdendo nada.
Primeiro porque o debate se vulgarizou; há tantos debates quanto o número de candidatos. Podem dizer: “Ah, mas é bom para a democracia, para o povo conhecer melhor os candidatos”. Pura balela, conversa fiada.
Não se vê nenhum debate de idéias, tampouco nenhuma idéia nova.
Tudo de uma mesmice que dá sono!
Podemos resumir em poucas linhas os planos e projetos, senão vejamos:
- a Guarda Municipal vai virar "puliça" (tem até um candidato que promete ronda 24h em carros com celular em todos os bairros!);
- a cidade vai virar um BigBrother, tantas serão as câmeras a fiscalizar (a polícia vai assistir aos bandidos em ação, ao vivo, em tempo real, sem poder fazer nada);
- teremos escolas de montão e vagas de sobra (sobre a qualidade do ensino, nada se fala.);
- prometem a construção de tantos pronto-socorros que os plantonistas ficarão entediados sem ter o que fazer com o monte de leitos disponíveis! (sobre melhores salários e qualificação de profissionais da saúde, nada nada);
- transporte urbano e trânsito... Enrolam, enrolam... e nada de concreto para, pelo menos, diminuir a balbúrdia e o caos em que se encontra a cidade.
Pronto, é mais ou menos isso, "seu" Espaço Aberto, o grande debate de idéias e projetos que temos assistido: tudo igual e repetido.
O tempo restante dos debates tem sido consumido para ataques pessoais; falta de educação; desrespeito à família dos outros; galhofas; ranços ideológicos poeirentos; acusações gratuitas e baixarias em geral.
Pra quê mais debates? Todo mundo já sabe a mediocridade que nos oferecem.

4 comentários:

  1. O ilustre anônimo está coberto de razão. O esquema funciona mais ou menos de acordo com aquele princípio da filosofia política mineira: é importante mudar, desde que a chave do "cofre" permaneça com um dos "nossos" cardeais e caciques. Ontem não dominei o enfado e dormi a sono solto após 30 minutos de resistência quase heróica para não "sucumbir". E assim caminha a mediocridade... na triste constatação de que se mudar algum ator, nessas eleições, o cenário vai continuar o mesmo na base da troca do seis pela meia dúzia. Fs

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  2. Vou repetir: mesmice, mesmice, não foi, não.

    Foi bonito ver o Jordy chamando às responsabilidades, confrontando dados, possibilidades orçamentárias com as promessas dos "candidatos fortes" e, já nos minutos finais, desafiando maravilhosamente o candidato-prefeito a falar a verdade.

    Foi bonito ver a candidata Marinor cobrando prestação de contas e transparência, expondo o nervo desta Administração opaca.


    Foi bonito ver até o desabafo do João Morais sobre a quantidade de bandeirolas nas ruas (algumas perguntinhas: já repararam na cara de "tragédia" das senhoras que empunham as bandeiras? Elas lhes parecessem minimamente comprometidas com alguma "bandeira"? Será que ainda "cola" comprar gente dessa forma?), sobre as campanhas milionárias esmagando os "candidatos fracos".

    E foi triste constatar que "forte" e "fraco" são, então, atributos do dinheiro e não da ideologia.

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  3. Amigo anônimo, em Fortaleza existe essa ronda, com media de um carro (acho que até mais) por bairro, na verdade são divididos por setores, com um telefone divulgado entre os moradores em que se consegue falar direto com o carro. abçs.

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  4. acho que o debate serviu para mostrar que, naquela arena de sete leões, o único herbívoro era o JOrdy.

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