terça-feira, 1 de julho de 2008

Polícia abrirá inquérito para apurar mortes na Santa Casa


No AMAZÔNIA:

A Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) vai abrir inquérito para investigar as 22 mortes recentes de bebês na Santa Casa de Misericórdia do Pará. O pedido partiu do promotor de Justiça da Infância e Juventude, Milton Luis Lobo Menezes, que só irá se pronunciar após a conclusão do inquérito policial.
Após a morte dos gêmeos filhos de Michele Progênio no último domingo, o clima foi de tensão na Santa Casa durante todo o dia de ontem. Membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) passaram a manhã no hospital, o que provocou um entra-e-sai de funcionários do governo, levando documentações solicitadas. Ao meio-dia duas servidoras da Secretaria de Estado de Governo (Segov) entraram na Santa Casa, onde permaneceram por 20 minutos. Às 12h45 chegou Cláudio Vale, diretor administrativo e financeiro da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que passou exatos oito minutos no hospital e saiu acompanhado por assessores. Ninguém quis se pronunciar sobre quais documentos foram solicitados.
Também durante a manhã o promotor de Justiça da Infância e Juventude, Ernestino Silva, recebeu a documentação que desde a semana passava havia requerido ao hospital, com explicações sobre os procedimentos médicos adotados e a causa mortis de cada criança. Após analisar os dados ele solicitou, em conjunto com o promotor de Justiça da Infância e Juventude, Milton Luis Lobo Menezes, que o Conselho Regional de Medicina apresente parecer sobre a conduta adotada pela Santa Casa, informando se as mortes poderiam ter sido evitadas levando em consideração questões como a falta de médicos, estrutura e equipamentos do hospital.
O promotor Ernestino Silva ainda deu prazo até quinta-feira (prazo prorrogável por mais três dias) para que os cemitérios encaminhem informações sobre o número de crianças enterradas de janeiro a julho.
No meio do caos em que se tornou a Santa Casa de Misericórdia do Estado, alguns funcionários temporários chegaram para trabalhar ontem e receberam a informação de que haviam sido distratados, com a chegada de servidores concursados. Um deles é o marido de uma enfermeira que prefere não se idenficar. Ela também foi afastada do cargo em abril, e credita a morte dos bebês, entre outros fatores, à falta de experiência dos recém-contratados.

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